Na próxima segunda-feira (18), encerram-se as inscrições no Processo Seletivo Indígena 2025 da UFSM, as quais são gratuitas e podem ser feitas neste link. A instituição oferece 26 vagas em 22 cursos presenciais de graduação, em Santa Maria e nos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, para ingresso em 2025. Para acessar o formulário de inscrição, disponível neste link, é necessário que o candidato tenha uma conta no portal gov.br. Também é necessário comprovar a condição de indígena aldeado.
A prova é constituída por 20 questões objetivas de múltipla escolha e redação com temática indígena. Na prova objetiva, constam 3 questões de biologia, 4 de história, 10 de língua portuguesa e 3 de matemática. A redação equivale a cinco questões objetivas.
A prova será realizada em 15 de dezembro, das 9h às 14h. A escolha entre Santa Maria, Frederico Westphalen e Passo Fundo como cidade sede do local de aplicação deve ser indicada pelo candidato no momento da inscrição. Orienta-se que os candidatos estejam no local de prova com 30 minutos de antecedência (ou seja, às 8h30min), portando documento de identificação original com foto e caneta esferográfica de tinta preta.
No edital Nº 079/2024 da Pró-Reitoria de Graduação, estão dispostas as informações e orientações necessárias para a efetivação da inscrição, incluindo a relação dos cursos ofertados no processo seletivo e o número de vagas disponíveis em cada um.
Luta por acesso e permanência
Consultor do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Jackson Araon é egresso do curso de Direito da UFSM. A trajetória do indígena caingangue na instituição começou em 2015, quando ingressou no curso de História. Após três semestres, o então estudante optou por trocar de graduação e ingressou no curso de Direito.
Apesar do impacto cultural e das dificuldades de integração, Araon concluiu a graduação em agosto de 2023. “Em várias ocasiões, tive que fazer trabalhos sozinho. Mas isso não me abalou e continuei com muita perseverança com meus estudos. A formatura, por si só, foi uma conquista que trouxe novas oportunidades e novos desafios, principalmente no campo profissional. Estar no MPI só foi possível pelo conhecimento que adquiri durante minha trajetória na UFSM.”
Araon, que sempre se manifestou em prol do acesso estudantil e da permanência de indígenas no ensino superior, considera essencial que, cada vez mais, os jovens ocupem esse espaço. “Estive à frente da luta pela Casa do Estudante Indígena, que hoje é uma das nossas maiores conquistas. Por isso, digo que nunca desistam de seus objetivos. Nada é impossível se acreditar e correr atrás dos seus sonhos”, declara.
Para esclarecer dúvidas, os candidatos podem entrar em contato com o Núcleo de Ingresso e Seleção Acadêmicos (Nisa), pelo e-mail falecom@nisa.ufsm.br.
Texto: kemyllin Dutra, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Lucas Casali
