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Festival de Pintura da UFSM oferece 33 oficinas gratuitas abertas à comunidade

Evento ocorre no prédio 40 do CAL e segue até sábado (28) com atividades de experimentação artística



A programação do festival é composta por 33 oficinas gratuitas, abertas ao público em geral

O Centro de Artes e Letras (CAL) da UFSM se transformou, ao longo desta semana, em um espaço aberto à criação, à experimentação e ao diálogo com a arte. De quarta-feira (25) a sábado (28), o local recebe o 2º Festival de Pintura de Santa Maria, evento gratuito que oferece 33 oficinas voltadas à pintura e às suas múltiplas possibilidades contemporâneas.

Promovido pelo grupo de pesquisa Poéticas da Cor (LabCor), o festival é coordenado por Talita Esquivel, artista plástica e professora do Departamento de Artes Visuais, com apoio do Departamento de Artes Visuais, do Centro de Artes e Letras (CAL) e da Pró-Reitoria de Extensão (PRE). As atividades são abertas à comunidade e conduzidas por estudantes, professores e artistas convidados.

Talita explica que o festival surgiu com o objetivo de compartilhar com a comunidade os conhecimentos desenvolvidos dentro do curso de Artes Visuais. “A primeira edição, em 2023, contou com 15 oficinas. Já nesta segunda edição, em 2025, são 33 oficinas oferecidas gratuitamente à comunidade. O evento foi vinculado à disciplina de extensão Procedimentos em Pintura, e muitas das atividades estão sendo organizadas pelos estudantes da turma, integrantes do LabCor e outros artistas convidados”, explica a professora.

Segundo ela, o festival é voltado a todos os públicos e tem atraído grande participação. “Tivemos mais de 180 inscrições antecipadas, e ainda é possível se inscrever presencialmente, pouco antes do início das oficinas”, completa.

O roteirista Lielson Zeni ministrou a oficina de “Histórias em Quadrinhos”

Com temáticas que vão desde aquarela, guache e litografia experimental até a utilização de inteligência artificial e materiais alternativos, as oficinas têm como foco a pluralidade dos processos artísticos.

Entre as oficinas realizadas ao longo do festival, uma das propostas foi a de “Histórias em Quadrinhos”, ministrada pelo roteirista Lielson Zeni na manhã de quinta-feira (26). A atividade foi pensada para que os participantes pudessem criar suas próprias histórias, independentemente do nível de habilidade com o desenho.

“A ideia da oficina é que cada pessoa saia daqui com o seu próprio quadrinho. Isso independe da habilidade de desenho. A proposta é colocar o pessoal com papel e lápis na mão e, a partir de algumas orientações, fazê-los desenhar. A própria apresentação da oficina será feita por meio de desenhos”, explica Lielson. Ele ainda compara o desenho com a escrita: “somos alfabetizados, mas nem todo mundo é escritor. Do mesmo modo, todo mundo sabe desenhar, mesmo que nem todos sejam desenhistas”.

Experiências que ampliam os sentidos da pintura

Entre as oficinas realizadas ao longo do festival, as propostas têm desafiado os participantes a pensarem a pintura em diálogo com diferentes linguagens, suportes e tecnologias. A oficina “Arte Generativa com IA e Processos Híbridos”, ministrada na quarta-feira (25) pelo acadêmico Cassio Ribeiro, explorou a intersecção entre técnicas manuais e ferramentas digitais. A estudante Paula Aschidamini, integrante do LabCor e aluna do 7º semestre do curso de Bacharelado em Artes Visuais, participou da atividade e compartilhou sua experiência.

“A oficina foi dividida em duas partes. A primeira foi uma mistura de técnicas tradicionais, como pintura, colagem e desenho. A segunda parte envolveu uma pós-produção com a ajuda da inteligência artificial, que interpretou as imagens e fez experimentações. O Cássio trouxe isso para mostrar como a IA pode ser utilizada como uma ferramenta e não como um modo de produção”, explica Paula.

Alunos de Artes Visuais, Luana Tampke e Cássio Ribeiro orientam participante durante oficina sobre pintura em superfícies diversas

A oficina “Além da Tela: Pintura em Superfícies Diversas”, ministrada na quinta-feira (26) pela acadêmica Luana Tampke, também propôs uma abordagem expandida da pintura, explorando materiais como tecido, plástico e papelão. Aluna do 1º semestre do curso de Licenciatura em Artes Visuais, Luana contou que a proposta nasceu em sala de aula.

“A professora Talita propôs que criássemos uma oficina dentro da disciplina para expor nossas linguagens e processos artísticos. Buscamos sair do papel branco e explorar outras superfícies. Também apresentamos alguns artistas que trabalham dessa forma, como forma de aproximar o público desse tipo de arte”, relatou.

Na sexta-feira (27), outras oficinas também trouxeram abordagens experimentais. A acadêmica Maitê Estral, por exemplo, conduziu a atividade “Pintura e Projeção”, que inicialmente pretendia explorar a construção de luminárias com acetato, mas foi adaptada para trabalhar formas e sombras projetadas. “A gente tem o objetivo de devolver para a comunidade o que estudamos e produzimos dentro dos ateliês”, afirma Maitê, que também integra a organização do evento.

Já a oficina “Máscaras e o Imaginário Personificado”, ministrada por Frederick Hideki, propôs a construção de máscaras a partir do imaginário pessoal de cada participante. A atividade teve como base a pesquisa desenvolvida pelo artista no Mestrado em Artes Visuais. “Esse tipo de espaço abre a conversa e a troca de conhecimentos. É interessante ver a participação de acadêmicos de outros cursos, que vêm conhecer um pouco mais o CAL e as artes visuais”, comenta Frederick.

Maitê Estral realiza experimentações na oficina “Pintura e Projeção”

Participante da oficina de máscaras e colaborador na organização do festival, o acadêmico Thiago Félix relatou sua experiência como alguém que vivencia o evento tanto como público quanto como parte da equipe. “Participei da primeira edição e agora estou mais por dentro do evento, pois estou auxiliando na produção. Nessa edição eu participei de oficinas como ‘Primeiros passos na Aquarela’ e ‘Guioprint’. Está sendo uma experiência muito boa”, conta Thiago.

Atividades seguem até sábado

A programação do festival encerra-se neste sábado (28), com uma série de oficinas durante o turno da tarde. Pela manhã, às 10h, acontece uma atividade especialmente voltada ao público infantil: “Pintura para Bebês e Crianças Pequenas (0 a 6 anos)”, conduzida pela coordenadora do evento, Talita Esquivel. A proposta é oferecer uma experiência sensorial e lúdica, na qual os pais ou responsáveis podem participar ativamente no desenvolvimento criativo dessas crianças.

A programação completa do evento e o link para inscrições estão disponíveis no Instagram do grupo LabCor.

Texto: Camila Londero e Ellen Schwade, estudantes de Jornalismo

Fotos: Jessica Mocellin, estudante de Jornalismo

Edição: Lucas Casali

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