
O reitor Luciano Schuch apresentou na quarta-feira (15) as ações realizadas por sua gestão à frente da Universidade Federal de Santa Maria entre os anos de 2022 e 2025. Neste período, a universidade conquistou o conceito máximo no Índice Geral de Cursos (IGC) e é considerada a 12ª melhor universidade do país e a quarta melhor fora das capitais. Em 2022, apenas dois cursos haviam recebido a avaliação máxima do IGC. Atualmente são 20 cursos da universidade que contam com essa classificação.
Durante os quatro anos de gestão foram criados 20 novos cursos, técnicos, de graduação e de pós-graduação. Uma média de cinco novos cursos por semestre. Atualmente a universidade oferece 281 cursos para mais de 25 mil alunos. A Pró-Reitoria de Inovação (Proinova) também foi uma das criações durante a gestão.
“Acho que a grande marca da nossa gestão foi receber o menor orçamento e entregar os maiores índices da universidade. É motivo de muito orgulho e sensação de dever cumprido entregar uma universidade que possui nota máxima na avaliação da Capes”, ressalta o reitor.
A redução de secretarias nos centros de ensino e nas pró-reitorias, por meio da fusão de setores semelhantes, marcou o processo de reestruturação interna da UFSM. Em relação ao gabinete do reitor, muitas das atividades foram descentralizadas para outros setores, como a Orquestra Sinfônica de Santa Maria, que era vinculada ao gabinete e hoje está sob responsabilidade da Pró-Reitoria de Extensão (PRE). De acordo com Schuch, essas medidas foram realizadas com o objetivo de reduzir a burocracia e aumentar a eficiência da administração na universidade.
Outra mudança organizacional realizada na universidade no período foi a implementação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) para os servidores da UFSM. Com isso, o trabalho passou a ser avaliado pelo desempenho e entregas, sem a necessidade de registro do ponto eletrônico, além de abrir a possibilidade do trabalho remoto.
Na avaliação de Schuch, este foi um dos principais legados deixados pela gestão, por tornar a universidade mais eficiente, fortalecer o trabalho multidisciplinar e garantir um melhor atendimento à comunidade externa. Ele ainda destaca que, com o objetivo de fortalecer a relação com a sociedade, as pró-reitorias que receberam os maiores investimentos foram as de Extensão e Inovação.
“No próximo ano, volto para a sala de aula, junto com os alunos, onde a gente aprende e troca experiências. Para mim, ser professor é o maior título que eu tenho”, finalizou o reitor.
Assistência estudantil, inclusão e visibilidade
Anualmente, a universidade investiu R$ 27 milhões em assistência estudantil e serviu dois milhões de refeições no Restaurante Universitário, boa parte delas gratuitas para os mais de 2,6 mil moradores da Casa do Estudante. Em relação à moradia estudantil, o reitor destacou a reserva de apartamentos exclusivos para mães e pais, pessoas com deficiência e neurodivergentes.
No campo da extensão, um dos destaques foi a Incubadora Social, que trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade social, com a orientação para empreendimentos que gerem trabalho, renda e impactos positivos em suas comunidades.
A realização de formaturas gratuitas para todos os estudantes foi destacada com uma das ações de inclusão para a comunidade discente. Foram investidos R$ 2,3 milhões para que mais de 7,6 mil alunos participassem da solenidade como um direito nos últimos quatro anos.
Além do destaque em publicações científicas de impacto, como a capa da revista Nature, a UFSM também aumentou a sua presença nas redes sociais, muito graças ao trabalho do Pró-reitor de Assuntos Caninos, Silveira, que chegou a ser um dos assuntos mais comentados da internet brasileira.
Na apresentação também foram destacados o número de visitantes em eventos e programações promovidas pela universidade nos últimos quatro anos. Foram 365 mil participantes nas edições do Viva o Campus, 123 mil visitantes nos espaços museais e 37 mil espectadores nos concertos da Orquestra Sinfônica.

As marcas que a próxima gestão pretende deixar
Martha Adaime, atual vice-reitora e eleita pela comunidade acadêmica como a próxima reitora da UFSM, destacou que um dos principais avanços da gestão foi a prospecção de recursos, que alcançou uma média de R$ 178,3 milhões por ano e ultrapassou o valor que a União repassa para a universidade. “Precisamos continuar com esse olhar de que, se quisermos fazer uma reforma no prédio da Casa do Estudante, ou qualquer outra ação, precisamos buscar esse recurso porque o que recebemos da União é apenas para manter a universidade”, afirmou.
Entre as pautas da nova gestão eleita pela comunidade acadêmica estão a gestão ambiental e a infraestrutura da universidade. “Temos a visão de que precisamos dar uma grande atenção para o aspecto ambiental, que talvez não tenha tido o devido empenho e, em relação a infraestrutura, como nós somos muito grandes, precisamos descentralizar alguns serviços”, afirmou Martha.
Texto: Bernardo Silva, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Paulo Baraúna, estudante de Desenho Industrial e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti