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Projeto da UFSM apresenta pesquisas sobre preservação de arquivos em congresso na Espanha

Trabalhos abordaram recuperação de acervos atingidos por enchentes e uso de tecnologias digitais na arquivologia



Foto horizontal. 18 pessoas estão em pé ao lado de um grande display com a logomarca do congresso.
Representantes da UFSM estiveram em Barcelona para participar do Congresso do ICA, um dos mais importantes do mundo na área de arquivologia

Durante a última semana de outubro, a equipe do Hub.Doc, projeto vinculado à UFSM, participou do Congresso do Conselho Internacional de Arquivos (ICA), realizado em Barcelona, na Espanha. O evento, promovido a cada quatro anos, reúne especialistas e instituições de diferentes países para discutir estratégias de preservação, acesso e uso de arquivos no mundo todo.

Conforme Débora Flores, coordenadora do Hub.Doc, a participação da equipe no evento buscou mostrar as tecnologias desenvolvidas na recuperação dos arquivos, além de compartilhar os métodos de como o Hub se estruturou após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024.

A participação da equipe da UFSM destacou iniciativas de recuperação documental e aplicação de tecnologias digitais na área da arquivologia. Entre os trabalhos apresentados, esteve o pôster “Resiliência e determinação no avanço da ciência: protegendo a memória da UFSM após as enchentes”, desenvolvido pelas arquivistas Débora Flores, Daiane Segabinazzi Pradebon e Neiva Pavezi. O estudo detalhou os métodos utilizados na restauração de documentos danificados pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, como o congelamento de arquivos e a criação de protocolos de recuperação emergencial.

Realidade virtual e inteligência artificial foram abordados nas apresentações do grupo

Outro destaque foi o projeto “Um modelo de recuperação de desastres para arquivos por meio da realidade virtual”, desenvolvido em parceria com o Grupo de Automação e Robótica Aplicada (Garra), coordenado pelo professor Anselmo Cukla, do Departamento de Processamento de Energia Elétrica da UFSM. A iniciativa utiliza vídeos e imagens em 360º para demonstrar, de forma imersiva, o processo de recuperação dos documentos, facilitando o treinamento e a troca de experiências entre profissionais da área.

Foto vertical. Na imagem, aparecem três mulheres em pé, tendo ao fundo um pôster apresentado digitalmente em uma tela.
A diretora do Arquivo Nacional, Mônica Lima (à esquerda), prestigiou a apresentação do pôster ao lado de Daiane Segabinazzi Pradebon (ao centro) e Débora Flores (à direita)

De acordo com Daiane, o principal objetivo do trabalho foi divulgar as ações de recuperação para o resto do mundo. “Essa tecnologia de realidade virtual permite que as pessoas vejam, na prática, a estrutura que montamos e o trabalho que desenvolvemos em relação à recuperação”, comenta.

Segundo Anselmo, o trabalho interdisciplinar fortalece a produção de novas soluções tecnológicas dentro da universidade. “O uso de realidade virtual amplia as possibilidades de ensino e registro técnico, além de contribuir para o desenvolvimento profissional dos estudantes envolvidos”, avalia o professor.

Além das apresentações ligadas à recuperação de acervos, os analistas de tecnologia da informação da UFSM Marcos Vinícius Bittencourt de Souza e Gustavo Zanini apresentaram pesquisas sobre preservação digital e inteligência artificial aplicada à arquivologia. O primeiro trabalho, “Repositórios institucionais brasileiros em risco”, apontou a necessidade de fortalecer políticas de preservação e planos de continuidade em repositórios digitais. Já o estudo “Ciência arquivística e aprendizado de máquina: classificação automática de documentos arquivísticos” apresentou métodos de uso de aprendizado de máquina para otimizar a organização de acervos físicos e digitais.

Para a professora Débora Flores, a presença da UFSM no evento foi uma oportunidade de intercâmbio e visibilidade científica. “Participar de um congresso dessa dimensão permite mostrar que temos soluções desenvolvidas no Brasil que podem ser aplicadas em outras realidades. Foi uma troca importante com instituições que também enfrentaram situações de desastres”, afirma.

Em concordância com o pensamento de Débora, a coordenadora Daiane Segabinazzi Pradebon disse que o evento salientou a inovação proposta pelo Hub.Doc. “No congresso, vimos que estamos no caminho certo. Conhecemos profissionais de locais como Valência e Caribe que passaram por situações difíceis com arquivos e conseguimos ter um panorama diferente. Essa vivência nos fez perceber que trouxemos uma inovação para a situação de recuperação de acervos no mundo”, finaliza.

Sobre o Hub.Doc

O Hub.Doc é um centro de pesquisa e inovação da UFSM dedicado à recuperação, digitalização e preservação de acervos atingidos por desastres. O projeto desenvolve tecnologias e métodos que garantem a proteção e o acesso a documentos históricos, e fortalecem a preservação da memória institucional e coletiva.

Os avanços relacionados ao Hub.Doc e as iniciativas que serão desenvolvidas podem ser acompanhados pelo site e redes sociais do projeto:

Site: hubdoc.ufsm.br

Instagram: @hubdoc.gov.br

Facebook: /hubdoc.br

LinkedIn: @hubdocgovbr

Youtube: @hubdocufsm

Texto: Pedro Moro, estudante de Jornalismo e bolsista na Agência de Notícias

Fotos: arquivo pessoal

Edição: Lucas Casali

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