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JAI Performativa teve apresentações de dança, música e artes cênicas

Aos estudantes se propicia um espaço para apresentações em formatos que fogem do convencional



Na manhã desta quarta-feira (5), um círculo de pessoas se reuniu no palco do Centro de Convenções da UFSM para a realização da Jornada Acadêmica Integrada (JAI) Performativa. A atividade tem como objetivo unir a pesquisa com a prática. Na JAI Performativa, os alunos dos cursos de Dança, Música e Artes Cênicas têm a oportunidade de performar seus trabalhos de uma forma que foge do convencional, sem ser através das modalidades de apresentação oral ou banner.

Foto horizontal colorida. Mostra um grupo de pessoas sentadas em círculo sobre o palco de um auditório vazio. Em primeiro plano, pessoas estão descalças ou com calçados leves, formando uma roda de conversa no centro do palco de madeira. Ao fundo, as fileiras de assentos escuros do auditório permanecem vazias e iluminadas pelas luzes dos corredores laterais. A iluminação superior destaca o grupo central, sugerindo uma atividade de reflexão, ensaio ou oficina artística. À esquerda, uma mulher de blusa branca e calça verde; ao centro, várias pessoas em posição relaxada, incluindo um homem de camiseta vermelha e outro de blusa colorida; à direita, mais participantes, alguns de costas e outros atentos à conversa.
Primeiro os alunos realizaram as suas apresentações e depois falaram um pouco sobre sua pesquisa para a roda de conversa formada por colegas e público

Primeiro os alunos realizam as suas apresentações e depois falam um pouco sobre sua pesquisa para os colegas e o público. O espaço é uma verdadeira roda de conversa para debater as artes. O professor do Departamento de Artes Cênicas e coordenador da JAI Performativa, Daniel Plá, destacou a importância do evento: “é um lugar onde as pesquisas que estão na metodologia da prática podem estar inseridas e nós podemos apresentar elas num formato que seja mais coerente com os modos como a gente produz conhecimento”.

O professor destacou também que a universidade é pioneira nesse modelo de apresentação de artes da cena, sendo único no país. “Ao mesmo tempo que tem ciência em que as pessoas apresentam os seus objetivos, os seus autores, as suas referências, nós apresentamos isso a partir de uma forma onde o espaço, o corpo, esses outros conhecimentos do sensorial também estão implicados”, complementa.

O formando em Artes Cênicas Tarso Pimentel veio presenciar as apresentações e compartilhou que tem adorado acompanhar as performances e poder debater com os colegas. “É muito interessante conseguir ver o que o pessoal tá pesquisando, como essas pesquisas vão sendo construídas, principalmente quando a gente consegue analisar esse campo da prática também sendo feita.”

A estudante de Artes Cênicas (habilitação em Interpretação Teatral) Eduarda Tomé apresentou a obra “Matando Mosquitos”, que desenvolveu ao longo de um ano nas disciplinas de Metodologia da Criação Cênica e Atelier da Composição e Interpretação. A acadêmica pesquisa autobiografias dentro do campo das artes cênicas misturando as linguagens de teatro, dança, música e poéticas tecnológicas.

Na performance apresentada, Eduarda se baseou em referências da atriz, diretora e dramaturga Janaína Leite, além de outras memórias criativas para composição cênica, incluindo seus textos próprios. “Tem sido ótimo participar vendo outras perspectivas, estando no palco que é um pouco a nossa zona de conforto. Porque é um evento acadêmico, mas é importante ressaltar também que esse espaço da cena também faz parte da academia”, compartilhou.

O discente do Mestrado em Artes da Cena Jean Morales trouxe uma pesquisa voltada para a protagonização da figura negra como produtora de conhecimento, em espaços como terreiros e escolas de samba. A ideia é observar o que esses espaços têm para oferecer no modo de criação de personagens. “Dadas as circunstâncias que a gente vive num país colonial, colonizado, a gente sempre vê esses corpos negros, enfim, em lugares de subalternidade, em personagens subalternos, nunca como protagonistas”, explicou o mestrando.

Jean participou pela primeira vez da JAI e ressaltou que ficou muito surpreso com a organização do evento. “Para mim foi surpreendente, acho que nós não temos, no amplo nacional de pesquisas, muitas universidades que cedam esses espaços mais performativos. Então, acho que isso é precursor, inovador e isso é ciência, arte, inovação, tudo que tem de melhor na UFSM.”

Texto: Ellen Schwade, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Fotos: Paulo Baraúna, estudante de Desenho Industrial e bolsista da Agência de Notícias

Edição: Lucas Casali

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