Duas defesas serão realizadas no Programa de Pós-graduação em Zootecnia, nesta semana. Uma dissertação de Mestrado acontece quarta-feira (4), e uma tese de Doutorado, sexta (6).
A defesa da dissertação de Mestrado, Crescimento e perfil oxidativo de juvenis de Rhamdia queelen alimentados com diferentes níveis de vitamina E (α-TOCOFEROL) na dieta, de autoria de Juliano Uczay, sob orientação do professor Bernardo Baldisserotto, ocorre às 9h, no auditório E05 do Colégio Politécnico. A banca está composta pelos professores Bernardo Baldisserotto, Ricardo Yuji Sado (UFTPR) e Ronaldo Lima de Lima.
Resumo:
Os parâmetros de crescimento, bioquímicos, sanguíneos e de estresse oxidativo foram avaliados em juvenis de jundiás alimentados com diferentes níveis de vitamina E (0, 200, 300 e 400 mg kg-1 na dieta) após 60 dias. Ao final do experimento, observou-se melhoras em algumas variáveis de crescimento como o comprimento total, padrão, taxa de crescimento específico e fator de condição com a adição de vitamina E na ração. A contagem de eritrócitos foi maior nos jundiás alimentados com as dietas contendo vitamina E. A dieta contendo 400 mg kg-1 de vitamina E, levou a uma diminuição no teor de triglicerídeos plasmáticos e aumentou a resistência dos eritrócitos nos juvenis de jundiá. A adição de 300 e 400 mg kg-1 de vitamina E na dieta, de um modo geral, reduziu o estresse oxidativo conforme os biomarcadores oxidativos, avaliados no encéfalo, fígado, brânquias e músculos: substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), hidroperóxidos lipídicos (LOOH), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa-S-transferase (GST) e o conteúdo dos grupos tióis não proteicos (NPSH). Os resultados encontrados sugerem que a adição de vitamina E na dieta dos juvenis de jundiás em doses acima de 300 mg kg-1 é necessária para promover melhoras nos parâmetros de crescimento, sanguíneos e do sistema de defesa antioxidante.
A defesa da Tese, de autoria de Emmanuel Veiga de Camargo, Qualidade da carne e desempenho de cordeiros suplementados com óleos essenciais, ocorre sexta (6), às 9h, na sala DZ1 do Departamento de Zootecnia. A banca examinadora está constituída pelos professores Cléber Cassol Pires (orientador), Sérgio Carvalho, Élen Silveira Nalerio (Embrapa), Luiz Fernando Vilani de Pelegrini e Jânio Morais Santurio.
Resumo:
Objetivou-se avaliar as características quantitativas e qualitativas da carne e da carcaça, bem como o comportamento bioquímico de cordeiros da raça Texel, suplementação de óleos essenciais. Para tanto, utilizou-se 40 cordeiros machos, distribuídos aleatoriamente em cinco grupos experimentais com níveis crescentes de suplementação de óleos essenciais. A mistura de dos óleos essenciais utilizados, não comprometeu o desempenho das carcaças dos cordeiros tratados, pois não foram observadas diferenças estatísticas entre os tratamentos em termos de rendimentos de carcaça. Qualitativamente, as variáveis influenciadas pelos óleos essenciais foram os teores de umidade, lipídios totais, capacidade de retenção de água e análise de Warner Bratzler. Quanto ao perfil bioquímico, não observou-se comportamento indicativo de satisfatória manipulação ruminal acerca do status proteico e energético. Porém, a suplementação em seus maiores volumes foi capaz de elevar os níveis de colesterol HDL e diminuir os níveis de colesterol LDL circulantes. Por fim, a mistura de iguais proporções dos óleos essenciais, aos níveis de suplementação de até 200mg por dia, encapsulados e administrados pela via oral, não possibilitaram aos cordeiros da raça Texel melhorias nas características físicas, químicas ou sensoriais da carne. De outro lado, os óleos essenciais nas concentrações utilizadas, não ocasionaram quaisquer alterações perceptíveis no gosto, sabor, cor e odor da carne, capazes, de prejudicarem os referidos atributos, depreciando assim, a sua valorização.