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​Projeto Pilão: inclusão social e contribuição à ciência



Integrantes do projeto contribuíram para o artigo de Lívia Gelain

O Projeto
Pilão: Presença Negra no Campo
foi criado por servidores técnico-administrativos aposentados da UFSM e atua nas
comunidades quilombolas desde 2005. O programa pretende gerar oportunidades,
inclusão social e visibilidade a comunidades negras que moram nas zonas rurais
de municípios da região de Santa Maria.

Por meio da
Universidade, este grupo é levado para aprender algo que lhe proporcione
crescimento pessoal e profissional, com práticas orientadas junto aos cursos
oferecidos pela universidade. Dessa forma, essas pessoas podem ser inclusas
socialmente, por meio de trabalho e geração própria de renda, além de
proporcionar conhecimento e encaminhar questões referentes à saúde e prevenção
de doenças. “O Projeto Pilão surgiu com
o intuito de levar para as comunidades um conhecimento que a universidade tem
tudo para dar”, conta a coordenadora executiva, Vania Paulon.

Em 2013, o
Projeto Pilão realizou o 1º Simpósio Educação e Saúde na Anemia Falciforme, uma
doença hereditária com maior incidência na população negra, mas que pode também
manifestar-se em
brancos. Estudantes da área da saúde, professores, agentes de
saúde e comunidade em geral foram convidados a prestigiar quatro dias de
palestras e ciclos de conversa a fim de gerar mais esclarecimentos sobre o
assunto. O slogan do evento já atentava: “Anemia falciforme não tem cor, é
doença do sangue”.

É uma doença que determina a mutação dos glóbulos vermelhos e
atinge a hemoglobina, fazendo com que os glóbulos percam sua elasticidade,
tornando-se rígidos e com formato de foice. Estas hemácias têm vida mais curta e vão sendo destruídas, o que causa
dores intensas e pode gerar anemia crônica e obstrução da circulação.

Para ser portador da doença,
é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Portanto,
não é uma doença contagiosa. Porém, devido à
miscigenação, esta doença tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Seu
diagnóstico é feito a partir do teste do pezinho, e apesar de não ter cura, tem
tratamento.

Em julho
deste ano, uma pesquisa sobre a anemia falciforme, desenvolvida pela doutoranda
do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
da UFSM Lívia Gelain, ganhou destaque no cenário internacional. Para desenvolver seu estudo, Lívia
procurou envolver-se com o Projeto Pilão, inteirando-se sobre as discussões
apresentadas no simpósio.

Para Lívia,
o objetivo de contribuir com as demais pesquisas no campo e com a busca por uma
possível cura para a doença se efetivou ainda mais quando o estudo ganhou
visibilidade internacional. “É muito gratificante saber que teu trabalho tem
notoriedade e pode acabar ajudando muitas pessoas”, conta a pesquisadora.

O artigo,
intitulado “Anemia Falciforme induz alterações na atividade da
E-NTPDase/E-ADA em linfócitos periféricos e na secreção de citocinas em
paciente sob tratamento”, foi
publicado na “Biomedicine & Pharmacotherapy”,
importante revista científica na área das Ciências da Saúde, e pode ser
conferido aqui.

Texto e foto: Tainara Liesenfeld – acadêmica de Jornalismo,
bolsista da Agência de Notícias

Foto de capa: Rafael Happke

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