O Periódico Extensão Rural (Santa Maria) agradece a todos os autores, pareceristas, leitores e parceiros que contribuem inestimavelmente para a qualidade de nossa publicação científica.
Os nossos avanços científicos foram, nas últimas edições, amplamente divulgados. Nesta edição, postulamos o Qualis B2 na última avaliação da CAPES – posição considerada como um grande progresso pela equipe de editores deste periódico. Todos, de uma forma ou outra, conhecem o salto de qualidade da Revista Extensão Rural no Brasil.
E, nesta edição, esse processo já é visível à comunidade acadêmica. Nesse sentido, informamos que está disponível a edição 2015-3 da Extensão Rural (Santa Maria).
Nesta edição, a revista oferece 06 artigos. Neste volume apresentamos a comunidade acadêmica uma pesquisa sobre a nova legislação ambiental e outra sobre a comunicação na rede social como potencial para interação com o público-alvo. Posteriormente, apresentam-se duas pesquisas na área da contabilidade agropecuária. Adiante, um artigo que trata da Agroecologia no sistema de ensino e, por último, uma contribuição eminente sobre as diretrizes da extensão rural no país.
Para abrir o terceiro número da Extensão Rural, apresentamos o artigo dos pesquisadores Letícia Bauer Nino e Flávio Sacco dos Anjos. Eles têm por objetivo analisar as representações sociais dos atores com relação ao direito de propriedade da terra e do uso dos recursos naturais, tendo em vista as disposições que emanam do novo Código Florestal, que passou a regular as atividades agropecuárias. Este trabalho apresenta uma análise sociológica sobre a percepção dos atores sociais sobre os recursos naturais e a legislação ambiental.
Na sequência, Bruno de Oliveira Andrade e Maria Salett Tauk Santos fazem análise sobre as ações de comunicação da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) nas redes sociais virtuais, especificamente o Facebook. Uma das considerações dos autores evidenciam que, apesar de a Asbraer publicar conteúdos com regularidade em sua Linha do Tempo no Facebook, poucas vezes contempla as preocupações apresentadas nos princípios da Pnater. Além disso, a rede virtual da Associação, e seus seguidores, é caracterizada por poucas interações entre os nós ali presentes, concluem os analistas.
O terceiro artigo é escrito coletivamente por Daniela Di Domenico, Cristian Baú Dal Magro, Antonio Zanin e Raphael Martini. Apesar dos avanços nas pesquisas de gestão rural nos últimos anos, ainda há uma carência de estudos que caracterizam os custos na propriedade rural. Nesse sentido, os pesquisadores deste artigo têm por objetivo analisar os custos na atividade da pecuária de corte em uma propriedade rural do Oeste Catarinense. O resultado deste trabalho aponta que o uso dos controles fornecidos pela contabilidade rural e contabilidade de custos, é possível que o proprietário rural obtenha a real situação econômica e financeira da propriedade, e seus respectivos custos e despesas, os quais irão contribuir com a tomada de decisão em busca de melhor lucratividade, afirmam os autores.
O quarto artigo é assinado pelos autores Silvana Dalmutt Kruger, Catiane Ortolan, Elisandra Henn Diel, Fábio José Diel e Sady Mazzioni. Os pesquisadores têm como objetivo evidenciar a mensuração contábil da atividade leiteira comparando os critérios de avaliação pelo custo histórico e valor justo. Os resultados evidenciam a relevância da utilização da contabilidade no processo de análise dos custos das atividades desenvolvidas no meio rural, bem como, da importância da utilização do Pronunciamento Contábil CPC 29 como critério de avaliação e mensuração dos ativos biológicos, visando evidenciar adequadamente o patrimônio das entidades rurais, concluem os pesquisadores.
Em seguida, o quinto trabalho é escrito por Tatiana Aparecida Balem e Gustavo Pinto da Silva. Os autores buscam analisar se a Agroecologia se apresenta como paradigma norteador do itinerário de formação dos cursos direcionados para a área rural do IFFarroupilha. Após análise documental, revisão bibliográfica e observação-participante, os docentes concluem que a formação, ofertada pelo IFFarroupilha, ainda está restrita ao modelo da modernização da agricultura. Os conteúdos presentes no PDI e nos PPCs demonstram um distanciamento da realidade local, uma vez que ignoram a presença massiva de públicos, tais como a agricultura familiar e assentamentos de Reforma Agrária, reiteram os autores. Este trabalho fornece elementos para reflexão da educação contemporânea e sugere que, apesar dos avanços, o ensino ainda está calcado na materialização de um pensamento hegemônico tradicional.
O último artigo que finaliza esta edição é do pesquisador Mauro Barcellos Sopeña. O trabalho de Sopeña analisa construções teóricas específicas acerca do papel do Estado brasileiro na perspectiva do desenvolvimento produtivo que, de forma convencional, vinculam-se ao conceito de novo-desenvolvimentismo. Os resultados apontam relevante sintonia entre as políticas pro-market preconizadas para os serviços de extensão rural e a orientação para o desenvolvimento produtivo, própria do modelo novo-desenvolvimentista, sustenta o pesquisador. O trabalho de Mauro serve como inspiração para instigar novos trabalhos acerca do papel da Extensão Rural no mundo, no Brasil e na atuação direta com o seu público-alvo. Este artigo fecha com grande envergadura este número da Revista Extensão Rural.
Desejamos a todos uma boa leitura e grandes reflexões para futuras pesquisas!
Agradecemos seu interesse e apoio contínuo em nosso trabalho, desejando que continuem a divulgação e a indicação do periódico Extensão Rural em suas instituições e redes de cooperação acadêmica, visando torná-la cada vez mais um periódico visível e de utilidade pública no Brasil e no exterior.
Em 2016 são quatro edições para comemorar vinte três anos de publicações científicas. Faça parte desta história. Envie sua contribuição científica. Acesse o portal:
Texto: Editores da Revista Extensão Rural