Ir para o conteúdo UFSM Ir para o menu UFSM Ir para a busca no portal Ir para o rodapé UFSM
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Restauração do mural artístico “A Lenda de Imembuí” é entregue à UFSM



Artista posa em frente ao painel que restaurou, que traz representações de indígenas
Flamarion Trevisan à frente do mural que restaurou, “A lenda da Imembuí”

O mural restaurado “A Lenda de Imembuí” foi apresentado, na tarde desta terça-feira (20), em cerimônia com a presença do reitor Paulo Afonso Burmann. Obra do artista plástico santa-mariense Eduardo Trevisan, o mural está localizado no Salão Imembuí, no 2º andar do Prédio da Reitoria, no campus sede da Universidade, em Camobi.

A restauração da pintura é uma ação coordenada pela Coordenadoria de Cultura e Eventos, da Pró-Reitoria de Extensão da UFSM. O trabalho foi realizado pelo artista plástico Flamarion Trevisan – que é filho de Eduardo Trevisan – em parceria com a artista 
Marília Chartune Teixeira, especialista em restauração.

Artistas entregam para reitor o painel restaurado

Em sua fala, o reitor destacou a restauração da obra como um um passo importante na recuperação do acervo artístico e cultural da Universidade. Segundo Burmann, as expressões artísticas e culturais são de fundamental importância para a comunidade universitária. “A arte é a expressão da sensibilidade e da qualidade de uma instituição. Zelar por ela é responsabilidade de todos nós”, manifestou o reitor.

Flamarion Trevisan agradeceu a iniciativa da UFSM em restaurar seu patrimônio artístico. “Só tenho a agradecer ao trabalho de vocês em recuperar a memória da cidade de Santa Maria. Meu pai, onde quer que esteja, está muito feliz com isso”, manifestou, emocionado, Trevisan.

Esta foi a primeira obra de arte a ser restaurada na UFSM, dentro de uma iniciativa pioneira de valorização do acervo artístico da Universidade. Os esforços vão desde a catalogação e revitalização de todo o acervo artístico espalhado pelo campus até a instalação de novos murais (principalmente nos campi que ainda não dispõem deste tipo de obra) e a produção de materiais gráficos de valorização desse patrimônio.

Sobre a obra

Pintado em 1976, o mural “A Lenda de Imembuí” mede 14,5 metros de comprimento, com aproximadamente 2,8 metros de altura. A obra ilustra o conto indígena que representaria a origem da cidade de Santa Maria: o romance entre a índia Imembuí e o bandeirante português Rodrigo, mais tarde batizado de Morotin.

A execução da obra, na época, fazia parte de um projeto maior, idealizado pelo reitor fundador, de pintar painéis na entrada dos prédios principais da UFSM. José Mariano da Rocha Filho se inspirou na Universidade do México (UNAM) ao propor essa iniciativa, lá desenvolvida pelo pintor Diego Rivera. Além deste, Eduardo Trevisan também pintou outros dois murais na UFSM: um na Biblioteca Central e outro no Planetário.

Sobre a Lenda de Imembuí

Imembuí na visão de Eduardo Trevisan

De origem incerta, a Lenda de Imembuí conta a história da índia Imembuí, nascida às margens do Arroio Taimbé, localizado em uma região denominada Ybitory-Retan, ou “terra da alegria”, em tupi-guarani. Ali viviam pacificamente duas tribos indígenas, os Tapes e os Minuanos. Ameaçados por uma tropa de bandeirantes portugueses que atuavam na demarcação de fronteiras, as tribos realizaram uma grande emboscada, dizimando os estrangeiros e mantendo apenas dois prisioneiros. Um deles, chamado Rodrigo, chamou a atenção da jovem Imembuí que, apaixonada, o livrou da morte e com ele se casou. Com o bandeirante, que foi batizado com o nome indígena de Morotin, Imembuí teve um filho, de nome José.

Em texto publicado na revista Letra de Hoje, em junho de 2001, o professor Orlando Fonseca observa que o primeiro registro da Lenda de Imembuí é uma obra ficcional de autoria do escritor santa-mariense Cezimbra Jaques, publicada no livro Assuntos do Rio Grande, em 1912. Mais tarde, em 1933, o historiador João Belém também relata a origem lendária da cidade de Santa Maria, em sua obra História do Município de Santa Maria – 1797-1933. “Como este texto veio a se tornar lenda é uma página um tanto nebulosa da história da cultura em Santa Maria”, resume Fonseca.

Texto: Assessoria de Comunicação do Gabinete do Reitor

Fotos: Rodrigo Riquer

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-1-45642

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes