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UFSM terá Filmoteca com mais de 2700 vídeos no Acervo Artístico

Trabalho está em fase de digitalização e conta com parcerias com Santa Maria Vídeo e Cinema e Cine Clube da Boca



Foto colorido horizontal de monitor de vídeo com uma imagem de um programa de edição com foto enquadrada de um homem com chapéu de palha. A tela também mostraAo fundo, outro monitor ligado. No canto esquerdo, uma mão segura um caixa de fita VHS
Processo de conversão de formato analóligo para digital pode levar até seis vezes o tempo da vídeo

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) terá uma Filmoteca no Acervo Artístico. A biblioteca audiovisual será estruturada a partir de aproximadamente 2700 filmes em formatos VHS e DVD, doados pelo Santa Maria Vídeo Cinema (SMVC) e pela TV Campus. O projeto conta com parceria com o Cine Clube Boca.

Dos 2700 filmes, 2400 faziam parte do acervo do SMVC, sendo 1800 DVDs e 600 VHS, Os 300 filmes restantes são VHS da TV Campus. As mídias doadas pelo SMVC são de longas e curta-metragens nacionais e internacionais que estavam armazenadas na sede Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma). Já as da emissora pública da UFSM contém programas jornalísticos, como telejornais e programas de entrevistas, e estavam sob os cuidados do Departamento de Arquivo Geral (DAG). Para além do material em suporte físico, o projeto da filmoteca recebeu doações de vídeos pela internet. 

A importância da filmoteca, na avaliação do administrador Rafael Happke, do Acervo Artístico, está em destacar produções locais e o papel que a biblioteca audiovisual terá para futuras pesquisas sobre cinema: “Enquanto acervo, nós estamos recuperando o trabalho de pessoas que estavam iniciando a carreira no mundo do audiovisual. E, agora, essas produções não vão estar perdidas”, comenta.

Após a transformação dos vídeos em formato digital, os audiovisuais estarão disponíveis à comunidade de duas formas: online, por meio de plataforma, e presencialmente, no Acervo Artístico. Estão previstas também exibições por parte do Cine Clube Boca.

Digitalização, higienização e rotulagem

O DAG, por meio do Laboratório de Reprografia, é responsável pela digitalização dos 900 VHS – 600 do SMVC e 300 da TV Campus. Até o momento, 300 fitas magnéticas já foram convertidas em formato MKS por quatro estudantes coordenados pela arquivista Cristina Strohschoen. O trabalho foi viabilizado a partir de parceria com a Tele Vídeo de Santa Maria, responsável pela instalação e manutenção do vídeo-cassete e dos demais equipamentos.

O tempo de digitalização pode levar até seis vezes o tempo do conteúdo: a cada uma hora de gravação são necessárias até seis horas para conversão de formato. A bolsista Mariana Fantinel Farias, mestranda em Patrimônio Cultural, explica que em função do armazenamento inadequado, algumas das mídias estão com mofo. Por isso, também é preciso fazer a higienização das fitas VHS.  

O bolsista Guilherme Borges, estudante de Artes Visuais, disse que o trabalho ainda envolve a rotulagem dos produtos audiovisuais nas seguintes categorias: código, ano de inscrição, suporte (VHS), título, duração, diretor, roteiro, produção, direção de arte, fotografia, animação, trilha sonora, edição, finalização, local de produção, gênero e se a fita contém fungo/mofo. Todos esses dados vão estar presentes na plataforma online que os alunos poderão acessar futuramente para assistirem os filmes. 

Foto colorida horizontal de mulher e homem atrá de um computador e à frente de uma estante cheia de fitas de vídeos. A mulher usa uma blusa roxa e óculos. Ela segura uma folha. O homem, com uma camiseta branca, segura uma fita de vídeo
Bolsistas responsáveis pela digitalização, higienização e rotulagem dos audiovisuais
Foto colorida horizantal de homem de meia idade com camiseta preta do Led Zeppelin. Ele está de lado e retira filmes de uma prateleira
Acervo Artístico terá filmoteca digital de obras que estavam apenas em formato analógico

Preservação da Memória do Cinema 

Guilherme Borges gosta de cinema e, por isso, aprecia observar como as pessoas se inseriram no mercado de trabalho a partir do festival de cinema da cidade. “Eu acho que todo esse material tem uma riqueza muito grande. Eu acredito que o artista visual é convidado a olhar uma história em si e ver como aquela história conversa com o hoje. Então, olhar essas fitas, essas histórias, como isso era contado antigamente é revisitar também um projeto, um tempo, uma cultura principalmente. É a memória do patrimônio, porque nessas fitas a gente tem muito da história do Brasil”, observa

Mariana Farias complementa: “Isso também auxilia muito a compreender qual o período em que foi gravado. Acontece todo esse resgate da memória e da cultura de todas as regiões, não só do Brasil. É uma forma do trabalho deles não se perder também, através da digitalização“.

 

Divertir, Instruir, e Emancipar 

O Cine Clube da Boca, coordenado pelo professor Gilvan Veiga Dockhorn, do Programa de Patrimônio Cultural, conta que o projeto da filmoteca estava registrado desde 2020 com a finalidade de recuperar a memória da produção de cinema e audiovisual da cidade. “A iniciativa surge porque Santa Maria é um polo de produção de cinema e audiovisual. Nós temos um histórico dessas produção em vários suportes e está sem conservação. Essa parte do nosso patrimônio cultural vai se perdendo”, lembra.

O professor apresenta a importância do projeto: “O lema do Cineclube da Boca é divertir, instruir e emancipar. Com a possibilidade de uma distribuidora de filmes locais para que as pessoas tenham acesso a uma produção, que é tanto de cunho educativo, mas também de denúncia. Vários documentários denunciam exclusão e preconceito, e relatam algumas realidades. Então, através dessa plataforma as pessoas vão poder acessar e ver a grande produção e de alta qualidade que se faz em Santa Maria”, finaliza.

 

Texto: Ellen Schwade, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Fotos: Ellen Schwade e Felippe Richardt

Edição: Maurício Dias

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