Ir para o conteúdo UFSM Ir para o menu UFSM Ir para a busca no portal Ir para o rodapé UFSM
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Vestibular 2012 – O trabalho que não é visto



Mesmo que ainda não tenha chegado ao fim, a edição de 2012 do vestibular da UFSM já é considerada um sucesso pela organização do concurso. Não houve problemas com o trânsito – nenhum candidato perdeu a prova em função de congestionamentos ou teve problemas com superlotação no transporte coletivo. O campus esteve bem sinalizado e não foram registrados casos de candidatos que perderam alguma avaliação por não saberem seu local de prova.

Porém, a tranquilidade, que pode parecer natural para quem não acompanha o processo de organização do vestibular, é resultado de muito trabalho. E de um trabalho desenvolvido coletivamente. Com métodos e artifícios distintos, diversos grupos foram organizados e orientados para auxiliar todo o público que visitou e continua no campus nos últimos três dias.

O primeiro contato interpessoal dos candidatos com a Universidade Federal de Santa Maria se dá, ainda antes da entrada no local de prova, com os fiscais de sala. Por voltas das 7h30min, na entrada da sala de aplicação 1108-B, do prédio 13 do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), no campus, os fiscais Wilson Severo da Rosa e Ediane Machado Wollmann se posicionaram para receber os candidatos para a última prova objetiva do vestibular 2012 da UFSM.

A dupla recebia os candidatos tratando-lhes pelo nome, como se fossem conhecidos de longa data. Wilson, que é secretário executivo do Departamento de Estatística do CCNE e trabalha na UFSM desde 1980, conta que trabalha no vestibular por que esta é uma atividade que lhe traz satisfação. Além de ser algo completamente diferente do trabalho que realiza em seu dia-a-dia. “Comecei a trabalhar no vestibular no tempo em que ainda não recebíamos remuneração para isso. A gente recebia folga para compensar o trabalho extra”, diz ele, que desempenha o papel de fiscal há 26 anos.

Já sua parceira, Ediane Machado Wollmann, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências da UFSM, tem sua primeira experiência como fiscal neste ano de 2012. “É a minha primeira vez e está sendo muito legal. Como sou professora, acabo me apegando aos estudantes, já sei o nome de todos. É como se eu os adotasse durante estes três dias”.  O comportamento de Ediane e Wilson parece trazer um certo conforto aos estudantes que aguardavam ansiosos o toque  da sirene que os traria a terceira prova do vestibular.

“Procuramos manter um comportamento extremamente profissional”, diz Wilson. “Buscamos manter o máximo de silêncio possível e observar os alunos, para poder ajudá-los naquilo que precisarem”. Cerca de cinco minutos antes de a sirene tocar os fiscais entram para a sala de aula e dão aos candidatos orientações gerais: tempo mínimo de permanência na sala, conferência de dados no cartão-resposta, uso da caneta esferográfica de tinta preta. Contrariando a lenda dos fiscais ferozes que observam os alunos como se observassem prisioneiros, Wilson e Ediane, assim que toca o sinal, desejam uma boa prova para os candidatos e expressam seu desejo de encontrarem-nos no campus no próximo ano para que enfim possam conversar. Deste momento em diante, os movimentos que se observa na sala 1108-B são dos candidatos. Alguns parecem orar, outros tentam manter o máximo de concentração. Há ainda aqueles que logo que avistam as provas – que saem de um envelope amarelo até então lacrado – sacam suas canetas como se fossem as armas para exterminar um inimigo. De certa forma, são.

Trabalho em casa

Até que os alunos possam começar – e terminar – suas provas um longo e exaustivo trabalho é realizado por um grupo numeroso de pessoas. A maior parte delas preparou sua parte dias ou até meses antes dos candidatos chegarem para realizar a primeira prova, ainda na sexta-feira. Porteiros, serviços gerais, jornalistas, motoristas, assessores, professores, vigilantes e até estudantes. Muitas pessoas direcionaram seu trabalho para que tudo corresse bem no vestibular 2012 da UFSM.

João Luiz de Matos, que trabalha como motorista da UFSM, durante os dias do concurso esteve à disposição da equipe de pronto-atendimento do Serviço de Atendimento ao Vestibulando. Para ele, em 2012, o movimento foi tranquilo. “Grande parte dos atendimentos que foram realizados tiveram como causa o nervosismo dos candidatos”, conta. Nesse caso, segundo João, um copo de água e uma breve caminhada são procedimentos suficientes para que os candidatos consigam voltar para a sala e terminar a sua prova.

Já a prestadora de serviços gerais Elizete Santana, que trabalha há doze anos no campus da UFSM, afirma que nos dias do concurso seu trabalho fica mais tranquilo. “Aqui no CCNE são menos pessoas, as salas e banheiros ficam mais tempo limpas. Só por isso eu posso estar aqui, sentada tomando chimarrão”, diverte-se ela. Na roda do mate também está o porteiro Márcio Fernandes Lopes. Ele diz que testemunha o nervosismo dos candidatos, mas não tão de perto quanto os fiscais, por exemplo. “As pessoas ficam realmente nervosas. Mesmo com o início da prova às 8h, hoje quando cheguei, às 5h45min, já havia candidatos sentados em frente ao prédio do CCNE, enrolados em cobertores”, conta.

Do lado de fora dos prédios, o trabalho também começa cedo. O vigilante Cristiano Marcos Cazarotto que trabalha na UFSM há seis meses relata que esta é a primeira vez que trabalha no vestibular. “Ficamos mais restritos à fiscalização do trânsito. Tentamos passar para os motoristas que a preferência deve ser do pedestre”. Neste sentido, Cristiano diz que os vigilantes, durante os dias de vestibular também atuam na orientação dos pedestres e motoristas, auxiliando na travessia das ruas e na sinalização do bloqueio das ruas do campus. “Mesmo não sendo nossa função, no primeiro dia de provas, ajudamos algumas pessoas a chegarem a seus locais de prova”, finaliza.

Os casos de candidatos perdidos, aliás, foram poucos. Isso graças ao trabalho de orientação aos vestibulandos desenvolvido pela Coperves. Simone Marion, a coordenadora de eventos da Coperves, diz que nos dias de aplicação da prova a equipe de organização do vestibular costuma ficar sobrecarregada e tensa, esperando que sejam positivos os resultados do trabalho de um ano inteiro. “No segundo dia de provas, eu saí do campus depois da meia-noite e hoje, antes das cinco da manhã eu já estava aqui de volta”, fala Simone. Diante dos resultados já obtidos, tanto trabalho traz boas sensações: “Só agora é possível ter certeza de que as coisas deram certo e de que a trabalheira toda valeu a pena”, diz Simone, feliz com o satisfatório fluxo do trânsito e com os poucos problemas de identificação e acesso dos vestibulandos aos locais de prova. 

Fotos: Luciele Oliveira – Acadêmica de Jornalismo.

Repórter: Fernanda Arispe – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-1-8466

Publicações Recentes