Coordenador: Anderson Luiz Machado dos Santos
De acordo com Lefebvre (2013[1974]), a produção do espaço no capitalismo conduz a uma flagrante virtualização e fragmentação do mesmo, criando centralidades e marginalidades, nesse espectro se inserem as periferias urbanas. Diante dessa premissa, este projeto de extensão propõe-se a dialogar com as periferias urbanas do Centro-Sul Gaúcho como espaços-tempos marcados por múltiplas territorialidades subalternizadas e em resistência. Como ponto de partida, estabelece como locus de trabalho, os espaços periféricos de Santa Maria, em que se encontram expressões desse processo, nas ocupações urbanas lideradas por movimentos sociais, como a Nova Santa Marta na zona oeste da cidade; nas territorialidades da negritude contidas em bairros e ocupações periféricas, que possuem uma multiplicidade de expressões territoriais que vão das comunidades de terreiros de religiões de matriz africana, às expressões de arte-cultura negra como o Hip-Hop e o Samba; ao afro-empreenderorismo e as organizações do movimento social negro. Também nos movimentos e organizações sociais LGBTQIA+, cujos territórios de vida também se encontram nas periferias urbanas. Para tal, propõe-se utilizar metodologias qualitativas, na interface entre pesquisa e extensão, com vistas a realizar um diálogo com as práticas, narrativas e saberes periféricos, através de oficinas pedagógicas virtuais, respeitando as medidas de proteção à saúde no contexto da pandemia Covid-19, as quais visam contribuir na identificação e discussão dos conflitos vivenciados e na positivação das ações desenvolvidas por tais sujeitos, organizações e movimentos sociais.
Para acessar o projeto no Portal de Projetos da UFSM, clique aqui.