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PET Física divulga a astrofísica em minicurso



A astrofísica Thaisa Bergmann (ao centro) recebeu a Comenda do Mérito Científico do Brasil por estudos pioneiros sobre buracos negros.

Com o objetivo de divulgar conhecimentos básicos sobre a Ciência do Universo, o Programa de Educação Tutorial (PET) Física ofereceu no mês de novembro o Minicurso de Introdução à Astrofísica. O evento aconteceu dos dias 5 a 14 e foi aberto para participação de toda comunidade científica, com palestras, oficinas e atividades práticas com convidados especiais.

Durante os nove dias de evento, o cronograma de atividades foi voltado a diferentes temas, ministrados por cientistas do grupo de Astrofísica da Universidade Federal de Santa Maria, coordenados pelo professor Rogemar Rieffel. Uma das participações mais importantes foi a da astrônoma Thaisa Storchi Bergmann. Cientista pioneira no estudo de buracos negros, ela recebeu recentemente o prêmio L’Oreal Unesco para mulheres na ciência e a Comenda do Mérito Científico do Brasil. Em entrevista, Thaisa destacou que a cidade de Santa Maria está se tornando um polo de Astrofísica, com um número significativo de alunos que vêm se dedicando a este tipo de estudo. A cientista ainda ressaltou a importância da realização do evento como uma forma de entusiasmar os jovens a querer descobrir cada vez mais sobre o universo. “Existem várias áreas que podem ser desenvolvidas a partir desses estudos, e momentos como esse contribuem de forma significativa para o avanço da ciência nessa área”, afirmou.

Além das palestras, os inscritos no evento participaram de uma simulação do céu celeste com o programa Stellarium, no laboratório de informática do Centro de Tecnologia (CT). Na atividade, os participantes aprenderam a localizar estrelas, posições, polos e globo celeste. Além disso, uma sessão no Planetário exibiu um documentário da Organização Espacial Europeia, traduzido e dublado pelos próprios alunos.

Minicurso de Introdução à Astronomia

O PET Física organizou também neste mês, pela primeira vez, um minicurso voltado aos estudos da Astronomia, oferecido para algumas escolas públicas de Santa Maria. Do dia 19 ao dia 30 de novembro, participam as escolas Olavo Bilac, Maria Rocha, Cilon Rosa e Manoel Ribas. As atividades com os estudantes aconteceram no contraturno escolar, no prédio da antiga reitoria, no centro da cidade, e tiveram como foco o Sistema Solar. Uma gincana foi organizada para tornar o aprendizado mais dinâmico, prático e recreativo, com a construção de telescópios em PVC para observação noturna do céu na universidade e sessões no Planetário. De acordo com a organização, os telescópios produzidos serão doados para as escolas.

O grupo PET Física

Localizado na sala 1320-A do prédio do Centro de Ciências Naturais e Exatas, o Programa de Educação Tutorial do curso de Física tem como objetivo desenvolver atividades acadêmicas em padrões de qualidade e excelência, de natureza coletiva e interdisciplinar, contribuindo com a elevação da qualidade e da formação acadêmica de quem participa. Em 2018 o grupo buscou melhorar o minicurso para que ele fosse mais acessível aos demais centros da UFSM: “A cada edição, o minicurso vem melhorando. E esse ano não foi diferente. Com a vinda da professora Thaisa Storchi Bergmann, acredito que conseguimos ir além do que vínhamos fazendo nas edições anteriores, pois não apenas discutimos os conceitos básicos, mas também discutimos assuntos atuais da astrofísica mundial” comenta a acadêmica de física e integrante do grupo de estudos em astrofísica Alice Deconto.

Observatório Astronômico da UFSM

Além do Planetário, a UFSM possui outro centro destinado para estudos das galáxias. O Observatório Astronômico (OA) da universidade está localizado nas proximidades do Hospital Veterinário Universitário (HVU). De acordo com o professor do Departamento de Física Rogemar Rieffel, um dos responsáveis pelo local, não há registros da data de fundação, mas sabe-se que o primeiro telescópio, que se encontra ativo até hoje, veio da Alemanha na década de 1970 e as atividades realizadas são coordenadas pelo grupo de astrofísica e professores da área.

De acordo com o professor, um dos grandes empecilhos na realização de uma boa observação do céu é a poluição luminosa, que torna mais difícil a observação de objetos menos brilhantes e a visualização de detalhes de objetos do sistema solar. Isso explica o motivo pelo qual o Observatório está localizado em um espaço mais afastado do campus. “Em sua implementação, a localização do observatório astronômico da UFSM foi escolhida por ser um local afastado dos prédios e de regiões com bastante iluminação. Hoje a poluição luminosa no local é muito alta quando comparada à época de sua instalação, mas ainda assim é uma região mais afastada da região mais iluminada do campus”, argumenta.

O OA serve como um laboratório didático e como um importante meio de divulgação científica para a comunidade em geral. O local nunca foi utilizado para fins científicos. Seu uso é voltado para atividades de ensino e extensão, aulas práticas dos cursos de Física e Meteorologia e realização de observações astronômicas durante eventos, como a semana acadêmica integrada do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) e o Minicurso realizado pelo PET Física.

 

Reportagem: Pablo Iglesias, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Davi Pereira
Foto: PET Física/UFSM

Fonte: www.ufsm.br 

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