A resolução de pequenos desafios do dia a dia passa por questões que englobam o chamado pensamento computacional, e é com base nesta ideia que a professora Andrea Charão criou, há quase dois anos, o projeto do Clube de Computação, que está inserido na extensão e na pesquisa universitária e envolve oficinas em escolas do Ensino Médio e pesquisas na área de criação, raciocínio e lógica.
“No Ensino Médio, o papel dos tutores é o de acompanhar, e a gente tem vários tutores. No local – nas escolas – eles ficam realmente em volta dos alunos auxiliando”, explica a profa. Andrea.
Escolher as melhores ferramentas e adaptá-las ao raciocínio lógico e à dinâmica desejada, este é o trabalho desenvolvido pelos alunos da UFSM, em geral graduandos em Ciência da Computação. Sobre este trabalho, a professora Andrea define as funções do grupo de tutores como “mais do que criar a ferramenta, porque algumas já estão prontas, mas configurá-las, preparar a atividade, criar a descrição da atividade e pensar qual a melhor atividade”.
Iniciando pela “Hora do Código”, desafio lógico realizado geralmente em pouco mais de uma hora, o Clube de Computação já foi em diversas escolas de Santa Maria, dentre elas o Colégio Politécnico da UFSM, e a ideia é que a partir da primeira oficina, outras possam ser propostas junto à escola. Para a professora, a continuidade do trabalho com os adolescentes é o ideal para o projeto, sendo assim outras propostas têm sido criadas para que hajam oficinas ao longo de um curto período de tempo, uma forma de estimular a participação dos jovens. Para inovar, a professora Andrea Charão utiliza a ideia de Clube e explica: “aula e curso as pessoas já tem feito, a gente queria fazer uma proposta diferente, no formato de interação, como um clube mesmo, onde as pessoas se reúnem porque se interessam”.
O próximo objetivo do projeto é que os alunos mais envolvidos de cada escola possam começar a frequentar a sede do Clube dentro da Universidade e que as oficinas sejam propostas neste local, e não mais dentro das escolas, uma forma de incluir o público externo cada vez mais dentro da UFSM.
Aos interessados em levar as oficinas do Clube de Computação para a sua escola ou organização, a professora Andrea indica o contato pelas redes sociais e garante que pessoas de todas as áreas podem participar: “a gente não quer dar a ideia de que o que se aprende aqui são coisas importantes apenas para quem quer fazer computação, é claro que alguns talentos aparecem, mas este não é o nosso principal propósito. Nosso objetivo é que os jovens saiam com a sementinha de que existe um pensamento computacional por trás de tudo que fazemos no nosso cotidiano.”