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Visita do Professor Satheesh Krishnamurthy fortalece laços e destaca potencial interdisciplinar do Centro de Tecnologia

Colaboração Internacional impulsiona a continuidade de pesquisas em tecnologias sustentáveis da UFSM



A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio do Programa Institucional de Internacionalização (CAPES – PrInt), promoveu  a visita do Prof. Satheesh Krishnamurthy ao Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria entre  1º e 14 de dezembro de 2023. Satheesh é professor e diretor do Centro Surrey Ion Beam no Instituto de Tecnologia Avançada da Universidade de Surrey, na Inglaterra. O professor atua na pesquisa de nanomateriais avançados com aplicação em energia alternativa, nanocompósitos funcionais e tratamento de águas. 

A visita do professor teve apoio da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP), uma sub-unidade administrativa da Reitoria, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGAmb), do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGEQ) e do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ).

Satheesh ministrou leituras e reuniões técnicas durante sua estadia, as atividades envolveram temáticas de interesse de pesquisa do professor, como tecnologias limpas e sustentabilidade. Seu foco é na resolução de problemas dessas temáticas, devido a sua trajetória tanto na Índia, onde nasceu e cresceu, quanto no Reino Unido e na Irlanda, onde fez seu doutorado e trabalhou por vinte anos. 

Satheesh afirma que as experiências vivenciadas moldaram seu foco para solucionar desafios: “Essa motivação é alimentada por um desejo de contribuir para a sociedade de maneira significativa. Desde o início da minha carreira, procurei desenvolver pesquisas que tivessem um impacto direto e tangível na sociedade. Isso inclui trabalhar em problemas como a crise da água e a reciclagem de baterias, ambos cruciais para abordar as mudanças climáticas e a sustentabilidade energética.”

Satheesh também comentou sobre a sua oportunidade de trabalhar na Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) e como ser professor visitante ampliou sua perspectiva e o inspirou ainda mais a buscar soluções inovadoras. Após retornar ao Reino Unido, fez questão de trabalhar em uma Universidade que tivesse um grande alcance social. Isso permitiu que ele continuasse com um foco em pesquisa aplicada e colaborações com a indústria, que são fundamentais para transformar teorias em soluções práticas.

As impressões iniciais do professor visitante sobre a infraestrutura de pesquisa e as pesquisas disponíveis na UFSM, especialmente no campo das tecnologias limpas, são bastante positivas. Ele se demonstrou impressionado ao observar uma interação produtiva com pessoas não apenas da engenharia química, mas também da química e da física, destacando-se a abordagem interdisciplinar como um ponto forte na Instituição.

No entanto, Satheesh percebe uma necessidade de desenvolvimento maior da infraestrutura para apoiar plenamente as ideias inovadoras dos graduados talentosos presentes na Universidade. A falta de infraestrutura adequada pode estar limitando a transformação dessas ideias em iniciativas de destaque e impacto. Ao comparar com outras instituições internacionais, ele destacou que a UFSM demonstra um potencial significativo em sustentabilidade e inovação, mas é necessário um maior estímulo por parte dos estudantes e professores para se engajarem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Acredita que os alunos são capazes e os professores estão dispostos a avançar, porém, necessitam de mais exposição para compreender as direções globais em termos de sustentabilidade. O professor ressalta: “A sustentabilidade precisa começar localmente, e então se expandir para ter um impacto maior”.

Alguns projetos e iniciativas da UFSM  chamaram sua atenção pela relevância e inovação, como o trabalho com nanofibras para tratamento de água limpa e a colaboração com o departamento de química em materiais bidimensionais para a limpeza do ar. “Estes são exemplos de pesquisas de ponta que estão abordando desafios globais significativos.”

Quanto à colaboração entre a UFSM e o Centro Suryaung Bin, o professor acredita que isso pode ser muito benéfico para a pesquisa em nanomateriais e tratamento de água. Para que a colaboração seja frutífera, é essencial que haja investimento, seja na forma de tempo gasto em laboratórios compartilhados ou por meio de financiamento de programas de intercâmbio. Satheesh salienta: “Tais intercâmbios são comparáveis a regar a semente de uma planta; sem eles, a pesquisa não pode florescer”.

Encerrando sua visita, o professor recomenda alguns pontos que podem fortalecer a pesquisa e aplicação de tecnologias sustentáveis na UFSM:

  • Investir em infraestrutura voltada para problemas de pesquisa críticos
  • Apoiar a mobilidade dos alunos para ganhar exposição internacional
  • Organizar conferências internacionais com financiamento de programas como o CAPES – PrInt, para beneficiar toda a UFSM
  • Promover mais trabalho interdisciplinar dentro da universidade para criar uma massa crítica de campeões coletivos, em vez de campeões isolados

Por fim, o professor acredita que para enfrentar os desafios atuais é imperativo que a UFSM promova uma cultura de colaboração interdisciplinar e aproveite o potencial de seus alunos e professores para fazer avanços significativos em tecnologias sustentáveis.

Um exemplo marcante do impacto dessa abordagem foi um projeto na Tanzânia, onde, juntamente com estudantes de doutorado, Satheesh desenvolveu e demonstrou uma tecnologia catalítica que utiliza a luz solar para transformar águas residuais municipais em água potável. Esse projeto não apenas forneceu um meio essencial para a comunidade local, mas também cultivou nos estudantes a mentalidade de como suas pesquisas podem resolver questões globais.

Satheesh confia firmemente que os pesquisadores são buscadores de conhecimento e que este deve ser orientado para a criação de valor na sociedade. Isto reflete na insistência em que os cientistas devem ir além da publicação de trabalhos acadêmicos e se envolverem diretamente com os problemas da sociedade. Ao encorajar isto, pode-se fazer com que a ciência avance em conjunto com o progresso social e ambiental.


Texto por: Marina dos Santos – bolsista de Jornalismo, Subdivisão de Comunicação do CT 

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