No dia 20 de novembro, o professor Deividi da Silva Pereira, do Departamento de Transportes, líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Pavimentação e Segurança Viária da UFSM (GEPPASV), realizou uma palestra durante a COP 30, em Belém. A apresentação sobre ligantes asfálticos modificados destacou pontos sobre a minimização dos Gases de Efeito Estufa (GEE).
A palestra “A tecnologia dos asfaltos e seus impactos econômicos e ambientais sobre a infraestrutura rodoviária brasileira” destacou os benefícios dos ligantes asfálticos modificados (como o AMP 60/85, o Asfalto-Borracha e o HiMA), demonstrando como o melhor desempenho à fadiga do asfalto permite reduzir espessuras de revestimento e emissões de GEE, resultando em estruturas mais econômicas e sustentáveis.
O convite surgiu a partir do setor de Sustentabilidade, do Ministério dos Transportes. Para o professor Deividi, poder representar o grupo de pesquisa na COP 30 foi gratificante. A apresentação aconteceu no âmbito do Painel de Discussão “Tecnologia, Regulação e Sustentabilidade: O Caminho para a Mitigação de GEE na Nova Infraestrutura Rodoviária Brasileira”, ocorrido na Estação de Desenvolvimento da Confederação Nacional do Transporte, instalada na Zona Verde da COP. Foi este o espaço em que a sociedade civil, instituições públicas e privadas e líderes globais puderam se conectar por meio do diálogo, inovação e investimento sustentável.
Segundo o professor, o objetivo da palestra foi mostrar ao público geral como o desenvolvimento das tecnologias asfálticas podem trazer benefícios econômicos e ambientais. “Na medida em que a gente tem rodovias melhores, por agregar mais tecnologia aos ligantes asfálticos, a gente tem melhores desempenhos no pavimento, que propiciam menores custos de consumo de combustível, emissões de gases poluentes por esses veículos”, relata o pesquisador.

O que são os ligantes asfálticos modificados?
Os ligantes asfálticos modificados são tipos de cimento asfáltico de petróleo (CAP) que recebem aditivos para melhorar suas propriedades mecânicas e reológicas, oferecendo desempenho superior em pavimentação, especialmente sob tráfego intenso ou condições climáticas específicas.
O Asfalto Modificado por Polímero (AMP 60/85) recebe, geralmente, com adição de polímeros elastoméricos como SBS (Estireno-Butadieno-Estireno). É recomendado para tráfego pesado a médio.
Já o asfalto-borracha é modificado pela adição de pó de borracha de pneus inservíveis (pneu moído) e oferece maior durabilidade (cerca de 40% mais resistente que o asfalto comum), maior aderência e redução de ruído e spray (neblina de água) em dias de chuva.
Por fim, o HiMA, Highly Modified Asphalt (Asfalto Altamente Modificado), caracteriza-se por uma alta concentração de polímero (geralmente acima de 7,5%, enquanto um AMP comum tem cerca de 3-5%) e é indicado para tráfego extremamente pesado.
A participação do professor na COP 30 dialoga diretamente com as ações da COP Local na UFSM, que promoveu debates sobre sustentabilidade, inovação e redução de emissões no ambiente universitário. A presença de um docente da instituição no evento internacional reforça o compromisso da UFSM com a agenda climática, ampliando para, o cenário global, discussões que já são desenvolvidas localmente.
Texto por Emmanuelly Zini, acadêmica de jornalismo, com supervisão da Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM
Foto: Acervo GEPPASV
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