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O armazém do conhecimento



No ano de 1960, Santa Maria viveu um dos momentos mais importantes de sua história, talvez o maior de todos: a fundação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O estabelecimento da primeira instituição de ensino superior no interior do Brasil na cidade tornou-se um marco, influenciando diretamente a construção da identidade do município.

Dos elementos fundamentais que alicerçam uma universidade, um se destaca: o conhecimento. A UFSM do início dos anos 1970 procurava um lugar seguro para acolher esse que seria seu principal saldo para a cidade de Santa Maria. Um prédio ousado foi projetado para hospedar os livros, que em suas páginas guardavam um mundo de sabedoria.

Início das obras da Biblioteca Central da UFSM, no campus. Imagem: Reprodução/Departamento de Arquivo Geral da UFSM.

 

A cronologia do desenvolvimento

Na primeira década de sua história a UFSM manteve seu acervo bibliográfico localizado no antigo prédio da Reitoria, no centro de Santa Maria. Na já denominada Biblioteca Central ficavam armazenadas as obras que eram utilizadas nas aulas das Faculdades de Farmácia, Medicina, Odontologia, Veterinária, Agronomia, Belas Artes, Politécnica, Filosofia, Ciências e Letras.

Em 1972, a Biblioteca Central foi transferida para o campus universitário, no bairro Camobi, onde estavam localizados a maioria dos cursos de graduação. Ali foi batizada “Biblioteca Central Manuel Marques de Souza – Conde de Porto Alegre”.

Obra da biblioteca central pronta para a inauguração, em 1972. Imagem: Reprodução/Departamento de Arquivo Geral da UFSM.

A partir do ano de 1978, a Biblioteca Central começou a ganhar a estrutura funcional que apresenta atualmente. Funcionários com formação em biblioteconomia, especializados no arquivamento e na manutenção do acervo, passaram a ser os responsáveis pela conservação dos livros da UFSM.

Juntamente com as melhorias realizadas no departamento pessoal vieram as melhorias no acesso às obras, que se tornou universal.  Os alunos passaram a consultar o acervo, Sendo possível, inclusive levar as obras para casa.

Além disso, o sistema de “acervo fechado” foi substituído, possibilitando que os usuários da Biblioteca Central tivessem livre acesso às obras, nas estantes distribuídas pelo prédio. Nesse mesmo ano, 1978, a BC passou a ter suas obras catalogadas não mais por ordem alfabética, mas por autor, título e assunto. Distribuindo os livros por áreas de conhecimento, a procura por livros na UFSM deixava de ser uma mera busca para se tornar uma atividade de pesquisa.

Atendimento ao usuário com acervo fechado. Imagem: Reprodução/Departamento de Arquivo Geral da UFSM.

Prestes a se despedir da década de 1970, a Biblioteca Central da Universidade passou a fazer parte de um processo inovador, que visava ao crescimento mútuo entre as universidades brasileiras: a permuta de periódicos e teses entre bibliotecas universitárias do Brasil. Foram implementadas também melhorias no espaço físico da BC, em 1979, foram instaladas as cabines para estudo individual.

Da década de 1980 quase não se tem informações dos trabalhos realizados na Biblioteca Central. É de conhecimento da comunidade da UFSM que nesse período a BC continuou oferecendo seus préstimos aos estudantes, professores e servidores, mas não foi possível encontrar, na apuração dessa matéria, documentos oficiais que registrassem nem mesmo as principais ações desenvolvidas pela direção da Biblioteca naquela década.

A partir de 1996, iniciou-se o processo de informatização do acervo bibliográfico da BC. Gradualmente, foram sendo implantadas rotinas guiadas pela expansão da tecnologia. A informatização se consolidou em 2009, quando do lançamento da página da Biblioteca, vinculada ao Portal UFSM.

 

Aos estudantes, o conhecimento

Maria Inez Figueiredo Figas é a atual diretora da Biblioteca Central da UFSM. No comando do órgão desde janeiro de 2010, a bibliotecária foi formada pela Fundação Universidade do Rio Grande (FURG).

Maria Inez diz pensar que a biblioteca é o coração de todas as instituições de ensino. Segundo ela, ali ficam amparados os maiores bens da Universidade. Ela destaca que a BC adquiriu ao longo dos anos um caráter de passatempo. Os alunos costumam passar horas no saguão da biblioteca e o salão de estudos costumeiramente é utilizado como ambiente de convivência entre os estudantes.

Apesar de todas as controvérsias que esse hábito pode gerar, uma coisa não se pode negar. A Biblioteca Central da UFSM perderia muito de seu vigor sem a constante presença dos alunos. Para eles a biblioteca foi projetada, a eles ela pertence. Prova disso são as palavras de Celene Bernardi Parreiras, primeira diretora da BC Manuel Marques de Souza – Conde de Porto Alegre,em seu discurso quando da inauguração, em três de setembro de 1972:

Celene Bernardi Parreiras, primeira diretora da Biblioteca Central. Imagem: Departamento de Arquivo Geral da UFSM.

“Ao estudante dedicamos nosso trabalho, verdadeira chave para a utilização eficiente dos livros e da Biblioteca. Que os livros possam abrir tua mente para novos caminhos do saber, trazendo-te satisfação nos estudos, e mais tarde, na vida profissional, eles sejam fonte preciosa de informações e prazer intelectual. Nenhum outro caminho para a cultura é tão rico e convidativo quanto o dos livros. Nenhum outro meio de distração e aprendizado é tão pouco dispendioso e disponível, onde quer que estejas. Nos livros foram preservados todos os grandes pensamentos, sonhos e esperanças do homem. Na verdade cada livro é uma pessoa oculta falando contigo. Se puderes dominar a arte e adquirir o hábito de utilizar os livros, o horizonte de tua mente será quase ilimitado. Não existe atividade que pague melhores dividendos ao estudante que dispender algum tempo treinando no uso mais eficiente dos livros e familiriarizando-se com as fontes de informações existentes na Biblioteca”.

 

Para atender os estudantes, seu público-alvo, de acordo com o idealizado por Celene Bernardi Parreiras, a Biblioteca Central, hoje, é um canteiro de obras. Estão previstas ampliações e alterações dos espaços já disponíveis.

A falta de constante manutenção trouxe profundos problemas estruturais ao prédio da BC. Em função do peso excessivo dos mais de 83.000 livros do acervo o piso cede gradativamente.  Conforme o projeto executado hoje na Biblioteca Central, muitas novidades e mudanças devem vir beneficiar os usuários. 

As principais mudanças ficam por conta da renovação dos laboratórios de informática e do Jardim de Inverno da BC. Já as principais novidades são a transformação do antigo estacionamento em ambiente de acervo, a criação de um salão de estudos que permita aos alunos o acesso com bolsas e mochilas e a implantação de um ambiente de convivência. Aparelhos de ar-condicionado serão distribuídos pelo Salão de Estudos já existente, também visando ao benefício dos estudantes.

A primeira fase das obras na Biblioteca Central deve ser concluída em dezembro de 2012. Melhorada, a Biblioteca Central pretende continuar cumprindo seu dever de armazenar o conhecimento. Seja nas páginas dos livros, seja no amparo constante aos alunos.

Repórter:

Fernanda Arispe – Acadêmica de Jornalismo

Edição:

Lucas Missau – Jornalista

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social

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