Trinta e uma instituições de ensino superior brasileiras aparecem no ranking das cem melhores universidades da América Latina elaborado e divulgado nesta terça-feira (4) pela QS (Quacquarelli Symonds), instituição de pesquisa educacional do Reino Unido. O primeiro lugar na pesquisa é ocupado pela Universidade de São Paulo (USP). Cinco universidades gaúchas também estão entre as cem melhores, entre elas a UFSM, que ocupa o 81º lugar. As outras instituições gaúchas pontuadas entre as melhores na pesquisa são: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
Nesta primeira edição do ranking regional, o instituto britânico baseou-se em critérios específicos da América Latina, como a proporção de professores com doutorado, a produtividade de pesquisas per capita, a presença na internet e pesquisas existentes.
Para o pró-reitor de Graduação da UFSM, prof. Orlando Fonseca, deve-se considerar que os critérios variam de um instituto para outro, mas é importante observar que a Universidade Federal de Santa Maria é a 23ª entre as universidades brasileiras. “Também não se pode esquecer que as universidades latinoamericanas em língua espanhola são bem mais antigas que a universidade brasileira, que tem menos de um século. A UFSM tem 50 anos, a Universidade do Chile é de 1842; a de Buenos Aires é de 1821; a da Colômbia é de 1867”, lembra o pró-reitor. Para ele, “com a ênfase na internacionalização que o MEC/SESu/MCT tem colocado recentemente é que a universidade brasileira começa a aparecer no cenário internacional. Com isso a nossa universidade deverá também ter trabalhos circulando fora do país, referências em publicações internacionais. Por enquanto é necessário consolidar a expansão, e melhorar os indicadores de qualidade, que no Brasil nos situam bem, o que vai se refletir no futuro próximo em rankings internacionais”.
A classificação da UFSM em 81º lugar também é comentada pelo pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, prof. Hélio Leães Hey. Ele chama atenção para o fato de que hoje existe uma série de empresas e organizações especializadas em estabelecer ranqueamentos de instituições universitárias, situadas em diferentes países e continentes. Isso acabou se tornando um importante mercado. Entre estas, as de maior reputação mundial são a classificação estabelecida pelo Times Higher Education’s, vinculado à empresa Thomsom Reuters, e o Academic Ranking of World Universities (ARWU), vinculado à Shanghai Jiao Tong University (CWCU). A reputação e a credibilidade destas classificações estão ligadas ao conjunto de indicadores utilizados para o estabelecimento do padrão métrico entre as Instituições de Ensino Superior (IES).
No caso especifico da classificação vinculada à QS, o pró-reitor de Pós-graduação da UFSM reforça que ela se utiliza de sete indicadores: reputação acadêmica (30%), reputação de empregabilidade (20%), estudantes da faculdade (10%), profissionais com doutorado (10%), artigos publicados (10%), citações por artigo (10%) e impacto na internet (10%). “Um conjunto de indicadores adicionais que deveriam ser utilizados e mesmo aprofundados na geração da classificação mencionada não parecem ser consideradas pela Quacquarelli Symonds, o que limita o espectro e a importância de sua utilização”, declara o prof. Hélio Hey. Para ele, é necessário “ter um olhar cuidadoso para o fato da UFSM estar na 81ª posição na classificação. Sem desmerecer outras IES nacionais e estrangeiras, verifica-se que utilizando-se indicadores que levem em conta dados da pós-graduação, a captação de recursos externos para pesquisa e desenvolvimento, número de docentes pesquisadores com visibilidade internacional, talvez a UFSM estivesse em posições superiores do ranqueamento”.
A relação completa das melhores universidades latinoamericanas, segundo a pesquisa, está disponível em:
http://www.topuniversities.com/university-rankings/latin-american-university-rankings/2011.
