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O cinquentenário do início das obras da Cidade Universitária



 

A Cidade Universitária da Universidade Federal de Santa Maria abriga diversos centros acadêmicos, lancherias, agências bancárias, além do Hospital Universitário, da Biblioteca Central, da Gráfica Universitária, Farmácia, entre outros estabelecimentos. Segundo dados do portal dos Indicadores, 16.824 estudantes têm na Cidade Universitária sua principal fonte de conhecimento e experiência.

Em 1960, foi criada a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), figurando como a primeira universidade federal do interior do Brasil. Para sua construção, as famílias Tonetto e Behr doaram 36,68 hectares de terra à Associação Santamariense Pró-ensino Superior (ASPES). Nos anos seguintes, foram lançados vários Decretos, aglutinando mais hectares para o espaço onde seria o campus, até se chegar ao número de 660 hectares.

Dentre as ideias do professor José Mariano da Rocha Filho estava a criação de uma Cidade Universitária que possibilitasse a integração das mais variadas áreas do conhecimento em um único espaço físico. Para isso, formulou o Plano Diretor, que demarcava uma zona urbana e uma zona rural. Na zona urbana, estariam os setores profissionais, a área médica, cultural, a de educação e de administração. Também os prédios da biblioteca, do restaurante universitário e dos alojamentos. A área rural necessitava de espaços bem mais amplos, devido a suas características. Praticamente tudo que há na Universidade estava previsto no Plano Diretor, desde as ruas e avenidas até sistema de esgoto, distribuição de energia, água potável e áreas de lazer. Tal planejamento otimizou a arrecadação de recursos para as edificações do campus.

Um campus laboriosamente projetado

Em 28 de outubro de 1961, foram iniciadas as obras da Cidade Universitária, que tiveram total apoio da comunidade. Quando do início da construção, o canteiro de obras possuía uma olaria própria, a qual fabricava 400 mil tijolos mensais e uma marcenaria, na qual se fabricavam desde carteiras, mesas, quadros e estruturas metálicas, até artefatos que serviriam à administração.

Inicialmente, a ligação do futuro campus com a faixa velha de Camobi era feita através de uma trilha, que logo deveria ser substituída pelo acesso definitivo, o qual passaria pelo loteamento “Vila Assunção”. O loteamento agregava cerca de cem terrenos e os lotes que ficavam na margem do futuro acesso já possuíam proprietários. No entanto, o Departamento de Administração Central (DAC) comprou esses lotes, possibilitando a construção da futura Avenida Roraima. Assim, também, a área total da Cidade Universitária chegou a 1.128,66 hectares.

As obras dos prédios do campus foram projetadas para que as disciplinas de uma ou mais faculdades fossem agrupadas em unidades e colocadas em departamentos. Esse sistema permitiria a economia de prédios e de material de construção, além de garantir a integração proposta por Mariano.

Em 1964, parte da Faculdade Politécnica já estava pronta e sendo utilizada. Também nesse período iniciaram-se as obras do Hospital Universitário, do prédio do Centro de Ciências Rurais, do Centro de Educação Física, entre outros. Externamente ao campus, estava sendo construída a Casa do Estudante, na Rua Professor Braga. Em 1965, apenas cinco anos após sua fundação e ano da visita do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco ao campus, a UFSM já havia propiciado a quase duplicação do número de habitantes de Santa Maria.

Conforme afirma o economista e assessor do gabinete do reitor da UFSM, José Airton Brutti, a implantação da Cidade Universitária não só atraiu famílias de cidades próximas que tinham interesse em trazer seus filhos para estudar, mas também um grande número de trabalhadores. “Entre os anos de 1958 e 1970, a construção do campus atraiu uma grande massa de pessoas, que vinham tanto para trabalhar nas obras da própria Cidade Universitária quanto nas obras de infraestrutura complementares, como restaurantes e as primeiras pensões. É importante lembrar que o aumento da população de Santa Maria não ocorreu somente em função da população estudantil, mas das pessoas que estavam trabalhando na implantação do campus”, explica Brutti.

Uma das edificações mais importantes da cidade universitária da UFSM é a Biblioteca Central, e sua construção ocorreu entre os anos de 1969 e 1972. A inauguração do prédio ocorreu no dia 3 de dezembro de 1972, em solenidade que reuniu autoridades civis, militares, eclesiásticas, professores e representantes do Diretório Acadêmico da UFSM.  

Há cinquenta anos, as obras da Cidade Universitária iniciaram, objetivando conceder à população acadêmica a melhor formação possível, aliada ao bem-estar e à integração entre os cursos, em uma universidade localizada no centro do Rio Grande do Sul e referenciada como uma das melhores do país.

Repórter:

Bruna Homrich – Acadêmica de Jornalismo.

Editor:

Lucas Durr Missau.

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