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Uma TV feita pela comunidade



Há 16 anos, o bancário Paulo Tavares iniciou o projeto Oficina de Vídeo Oeste, voltado para o público jovem da região da Vila Caramelo de Santa Maria. Vendo as diferentes realidades que os jovens daquela região vivenciavam, Paulo resolveu mudar de ideia. Ao invés de fazer um vídeo sobre jovens, escolheu ensiná-los a criar vídeos.  A ideia foi tão bem vista dentro da comunidade que, três meses após o início da oficina, os alunos já tinham um vídeo de 15 minutos pronto que foi exibido para a comunidade. O sucesso estava apenas começando. 

 

 

Entretanto, ainda faltava um nome para o projeto. “Um dos alunos da época sugeriu o nome de TV OVO – a TV da Oficina de Vídeo Oeste. No início, achamos estranho, mas depois de um tempo, acabamos vendo que o ovo tem realmente uma simbologia: alimenta e representa o nascimento”, explica o coordenador de pedagogia do projeto, Marcos Borba que, atua na TV desde o início, em 1996.

Uma das propostas de Paulo Tavares para que a TV OVO desse certo, era de que, os alunos que aprendessem a produção de vídeos deveriam ensinar os próximos, gerando um aumento de conhecimento. Outro ponto forte da TV, segundo Borba, é que “se trabalha com as organizações da sociedade, cultura e com a realidade das comunidades”.

O projeto foi crescendo e, em 1997, formaram mais turma. Em 1998, o Sindicato dos Bancários, ofereceu um espaço no centro da cidade. Era apenas o começo de uma longa jornada, visando novos horizontes.

Durante dois anos, de 2005 a 2007, a TV passou a atuar como Ponto de Cultura Espelho da Comunidade, projeto do Programa Cultura Viva, desenvolvido pelo Ministério da Cultua. O Ponto de Cultura não é uma criação de projetos, mas a potencialização de iniciativas culturais já existentes. Em alguns, pode ser a adequação do espaço físico, em outros,  a compra de equipamentos ou, como a maioria, a realização de cursos, oficinas culturais e produção contínua de linguagens artísticas. Para o coordenador de pedagogia quem é ponto de cultura uma vez, sempre será, pois se cria uma rede de parceiras no país inteiro.

Atualmente, a TV OVO é composta por cinco coordenadores gerais. Mas, o trabalho diário conta com doze pessoas. “O esquema de trabalho é bem horizontal, não tem hierarquia forte, todo mundo pode participar. A TV OVO trabalha como se fosse uma família, quem está ali é porque segue um ideal e realmente acredita na proposta” ressalta Marcos.

Relação com a UFSM

Com a entrada de Paulo Tavares no curso de Artes Cênicas, os laços entre a TV OVO e a UFSM se estreitaram. Ele quem trouxe, em 2000, o projeto para a Universidade, por meio de uma relação informal, através de eventos que a tevê fazia a cobertura com a gravação de vídeos e produção de matérias informativas.  Mas, apenas em 3 de novembro de 2010, que foi assinado um convênio com a Pró-reitoria de Extensão (PRE). Esse convênio tem validade de dois anos e pode ser prorrogado.

A parceria é um exemplo de uma mudança histórica que vem ocorrendo. No início, a extensão da Universidade era de caráter assistencialista. Hoje, essa relação é vista como uma troca entre Instituição e comunidade. Segundo o Coordenador de Eventos e Difusão Cultural da PRE, Oscar Daniel Morales Mello, “o que se ensina na Universidade deve ser compartilhado com a comunidade, em um caminho de volta. Com a extensão, a UFSM cumpre seu papel”.

O novo teto

O ano começou cheio de esperança e expectativa para os simpatizantes da TV da Oficina de Vídeo Oeste. O jornalista Marcelo Canellas cedeu, em comodato, um antigo sobrado que servirá de sede para a TV. E com ajuda de algumas empresas santa-marienses e um projeto para doação voluntária da plataforma do Catarse, em que mais de 110 pessoas doaram, esse sobrado passa por reformas que viabilizarão o seu uso.

Desde 1998, a sede é no segundo andar da Casa de Cultura, situada na praça Saldanha Marinho. Agora, a tevê comunitária passará a ser no antigo sobrado, situado na Travessa Ernesto Becker. O sobrado é dividido em duas grandes estruturas: a casa em si, mais antiga de 1916 e que tem só as paredes; e, ao fundo, o galpão que tem algumas salas, em melhor estado, mas que precisam de reparos. “Estamos fazendo uma série de pequenas reformas no galpão e nessas salas para poder abrigar os equipamentos da TV e a parte administrativa. Estamos trocando o telhado, melhorando a rede elétrica e segurança. E, a nossa expectativa é que nos mudemos em abril para essas salas”, explica Borba. Já o Sobrado deve estar em perfeito estado de uso dentro de três a cinco anos.

Repórteres:

Andréa Ortis e Patricia Michelotti – acadêmicas de Jornalismo

Edição:

Lucas Durr Missau.

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