Ir para o conteúdo UFSM Ir para o menu UFSM Ir para a busca no portal Ir para o rodapé UFSM
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Tecnologia lançada na UFSM vai facilitar monitoramento de desastres ambientais



Uma plataforma inaugurada na tarde desta quarta-feira (19) pelo Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS/Inpe), com sede na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), vai facilitar o monitoramento e o alerta de desastres na região sul do Brasil. Com mais recursos e um layout que facilita a localização de cada uma das onze Regionais de Defesa Civil (Redec) do estado, o sistema chamado de TerraMA² substitui o Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Simaden), que estava em operação desde março de 2011 para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

 
A Defesa Civil tem acesso direto ao sistema computacional que, munido de dados observacionais ou previsões numéricas, faz os alertas de possibilidades de desastres baseados na precipitação, fornecendo os parâmetros de tempo, clima e outros extremos ambientais. No Rio Grande do Sul, já foi feita a migração completa para o TerraMa², que opera em regime de 24 horas. O sistema está ainda em fase de testes em Santa Catarina e, em breve, será levado também para o Paraná.

– A Defesa Civil, que tem acesso 24 horas ao sistema, está extremamente feliz com o resultado, pois consegue tomar ações antecipadamente, se prevenindo com relação a desastres – destaca a coordenadora do projeto, Drª Tania Maria Sausen.

Para a atualização de dados, a plataforma de Monitoramento, Análise e Alerta de Eventos Geo-Ambientais Extremos (TerraMA²)  está ligada diretamente ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe), em São José dos Campos/SP, onde os dados são processados e enviados por um supercomputador. Também são recolhidos dados de radares e de uma rede de para-raios.

 
Esse novo sistema também permite vários avanços que já estão sendo pensados pela equipe. Em breve serão iniciados estudos que possibilitem alertar sobre os índices de seca no Rio Grande do Sul. Outro incremento pretendido é a conversão dos mapas em imagens, o que vai permitir a criação de modelos de risco de inundação. Além disso, existe a possibilidade de implantação de redes de sensores de monitoramento de raios para previsão de eventos extremos.
 
 
Tecnologias ajudam a compreender fenômenos do clima 
 
Outras inovações também foram apresentadas no evento desta tarde, como a atualização do cluster, uma rede de computadores interconectados, para a previsão diária da dinâmica da ionosfera. Coordenado pelo professor Dr. Adriano Petry, o projeto tem como  objetivo melhorar o monitoramento do clima espacial, que afeta diretamente vários sistemas, como o de posicionamento global (GPS) e as telecomunicações.
 
O Projeto Antártico do Inpe (Pan-Inpe), chefiado pelo Dr. Ronald Buss de Souza, lançou dois programas. O primeiro, um cluster para modelagem oceânica e de ciclos biogeoquímicos, tem como objetivo monitorar o tempo, clima e oceano no Rio Grande do Sul. Segundo Souza, esse modelo vai servir para que futuramente se consiga prever as condições marinhas, principalmente de corrente, temperatura e salinidade, que são basicamente fatores predominantes para o regime de tempo na costa do Estado e para os processos de variabilidade ambiental marinha.
 
O segundo projeto inaugurado pelo Pan-Inpe é uma plataforma para coleta de dados nas regiões polares. Essa plataforma é uma boia meteo-oceanográfica que será lançada em novembro deste ano na Ilha Deception, na região oeste da Península Antártica.
 

— Caracterizada por processo geotectônicos específicos, a ilha é um vulcão que a cada 20, 30 anos entra em erupção. A troca de calor entre ela e a atmosfera obedece padrões diferentes que as do entorno e que nunca foram medidos — disse Souza.
 
A boia tem a capacidade de determinar dados meteorológicos e oceanográficos por meio de sensores de velocidade e direção dos ventos, pressão atmosférica, umidade de temperatura e ar, dentre outras informações. Essa iniciativa é patrocinada pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e única nos 31 anos do projeto, o que traz ao Brasil e ao RS o status de contribuidor para a coleta de dados no local.
 
Esses projetos são efetuados com colaboração científica e técnica da UFSM, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Rio Grande (FURG), reiterando a proposta do Centro Regional de Pesquisas Espaciais de ser um elo entre as universidades gaúchas, contribuindo para a formação de recursos humanos no estado.
 

Foi apresentado ainda o programa Nanosat C-BR, projeto de desenvolvimento, lançamento e operação de nanosatélites dentro do padrão conhecido como “CubeSats” com o objetivo de testar novos circuitos eletrônicos desenvolvidos no país para ver como se comportam no espaço. O programa, coordenado pelo Dr. Nelson Jorge Schuch, também auxilia na formação prática de recursos humanos para o setor espacial brasileiro.
 
Segundo o chefe do CRS/Inpe, Afranio Almir Righes, o evento desta tarde serviu principalmente para mostrar o potencial da unidade e como o Centro pode contribuir, através de suas pesquisas e inventos, para a sociedade.
 

Reportagem: Julia do Carmo
Edição: Bianca Zanella
Fotos: Ítalo Padilha (fotos 2 e 3) e Julia do Carmo (foto 1)

 

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-1-7017

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes