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Artigo sobre ortopedia é aceito em revista internacional



Em janeiro de 2013, a revista Journal of Bone e Joint aceitou o artigo An Atypical Equivalent Type II Monteggia Fracture dos então estudantes de Medicina da UFSM, e agora médicos formados do setor de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário de Santa Maria: Tiango Aguiar Ribeiro, Fabiano Zappe Pinho, Douglas Zaione Nascimento, Liliane Bellenzier e Vinícius André Guerra. O artigo fala sobre um comportamento fora do normal de Fraturas de Monteggia, que se trata de uma fratura da ulna com um deslocamento anormal da cabeça do radio (esse deslocamento é denominado como luxação). A ulna e o radio são ossos do antebraço, parte que liga nosso cotovelo até o punho.

Em junho de 2011, uma criança de oito anos, que estava brincando e caiu de uma certa altura, machucando a região do cotovelo. Duas horas depois do ocorrido, a criança tinha uma muita dor na região do cotovelo, movendo-o com dificuldade. Os médicos apontaram uma fratura da ulna e uma fratura da cabeça do radio sem ferimentos do punho, o que é similar ao mecanismo de lesão de uma Fratura de Monteggia.

Por isso, o caso está sendo descrito como uma lesão variável e equivalente da Fratura de Monteggia. As fraturas são consideradas equivalentes, quando têm o mesmo mecanismo da lesão de Monteggia, ou a mesma similaridade radiográfica, ou mesmo comportamento na hora de necessitar de tratamento.

Na maioria das vezes em que essa lesão acontece, a situação pode apresentar um quadro mais grave para o indivíduo: ele pode apresentar sequelas, tanto na deformidade do membro, quanto na parte dos nervos que o antebraço possui. Dependendo do risco da lesão, ela pode atingir um nervo do cotovelo, o que causa uma sequela temporária ou até definitiva no movimento do membro e na sensibilidade do nervo, ocorrendo uma perda da movimentação do braço do lesionado.

Um ano depois do início do tratamento, em junho de 2012, a criança estava saudável, exercendo as atividades da vida diária sem nenhuma sequela de deformidade ou perda de movimento. O braço ficou perfeito para voltar à ativa.

Desde o começo de sua graduação, o médico e autor do artigo Tiango Aguiar Ribeiro interessou-se pela área de Ortopedia na Medicina. “A gente foi estudar para ver se existia uma classificação para lesão atípica, porque sempre quando acontece algo atípico, é bom aprender mais com aquele caso único, que é de baixa incidência.”

Com a repercussão que o caso recebeu e a atenção dos médicos com o paciente, eles pensaram que o caso poderia ser relatado para posteridade. Para a preparação do artigo, os médicos investigaram se o comportamento atípico já havia ocorrido anteriormente. Na revisão da literatura, eles acharam somente o relato de um caso com uma descrição bastante similar ao que aconteceu com a criança. Com a autorização dos pais da criança para poder ser feita a publicação, os médicos submeteram o artigo à equipe do volume americano do The Journal Of Bone And Joint Surgery em setembro do ano passado.

O artigo abre uma discussão sobre um diferente comportamento de uma fratura que pode até ser considerada perigosa, devido à proximidade dos ossos com o sistema nervoso periférico, podendo apresentar sequelas, tanto de deformidade, quanto de questões funcionais. O mesmo caso foi premiado no 44° Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia como melhor Pesquisa Clínica – Prof. Dr. Bruno Maia, pelo trabalho intitulado: Estudo de Corte Prospectivo de fraturas do fêmur proximal em idosos de 2007 a 2011.

Foto: Ítalo Padilha.

Repórter: Leonardo Cortes – Acadêmico de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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