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Dia de descanso no campus



Já não é mais verão. O sol já está se pondo e o calor que tomara conta da tarde já vai dando espaço ao clima ameno, típico do outono. O campus coberto do verde indica que um verão muito quente no início e chuvoso na partida, precedera os primeiros dias da nova estação. Inúmeras pessoas vêm até a Universidade no domingo em busca de um espaço agradável, paralelo à correria semanal e, espalhados pelo campus, optam pela atividade que julgam mais prazerosas.

É o caso de Cátia. Apesar de não ter nenhuma ligação com a UFSM, além da proximidade de sua residência, durante os domingos costuma vir com a família passear pela universidade, ir até o planetário e até mesmo caminhar na pista. No domingo (24), escolheram o pátio em frente ao Centro de Tecnologia (CT) para tomar mate. Henrique, de 11 anos, ajuda a mãe a cuidar da irmã Valentina, para que a pequena permaneça em segurança, diante dos olhos da família. O menino dispensa a bicicleta e gosta mesmo de praticar com o skate, em um espaço muito cobiçado pelos amantes do esporte: as largas calçadas da Avenida Roraima, via principal da Universidade.

Enquanto Henrique está com a família, muitos outros jovens estão deslizando e fazendo manobras. Ao que tudo indica, skatistas e pedestres convivem pacificamente, uma vez que os jovens, em sua grande maioria, têm extremo cuidado para que a brincadeira não acabe atrapalhando ou oferecendo perigo a quem circula pela Roraima.

Dentro do campus, realmente o que prevalece é a bicicleta. Aos fundos do prédio da Administração Central da Universidade, a menina pedala sua bicicleta cor de rosa calmamente pelas calçadas que envolvem o estacionamento, só perde a distração no momento de passar de uma calçada para a outra, quando, bem instruída, olha para os dois sentidos das ruas de paralelepípedos, certificando-se que não vem nenhum carro, para então, chegar ao seu destino com segurança. A alguns metros, seus pais e mais alguns casais de amigos tomam mate tranquilamente, algumas vezes, entre um gole e outro, têm o cuidado de procurar pela filha com os olhos e pedir, num tom de voz que chega até a menina, que tome cuidado com os carros.

As amigas Carolina e Jeniffer escolheram um banco de concreto, em frente ao Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), para conversarem distraidamente. As meninas, estudantes de Ensino Médio, ainda tem um caminho a percorrer antes de ingressar na faculdade, mas aos finais de semana frequentam bastante a pista. Acompanhadas de mais amigos elas dizem preferir ir até a pista. Como hoje o objetivo era conversar, logo as moradoras de Camobi voltaram a dialogar entre si, acompanhadas apenas do chimarrão.

Mais afastados, um jovem casal trocou o mate pelo tererê, e entre sorrisos e longos diálogos, o copo cheio reveza entre as mãos dos dois. Por alguns momentos ela fica séria, cada um olha para um lado do campus, até o momento que ele oferece um abraço reconciliador, hesitante, a moça retribui, e depois de alguns segundos os sorrisos e as conversas retornam. Eles não são o único casal, como eles, vários outros apaixonados se espalham pelo gramado, sempre portando a térmica, seja com água quente ou suco de limão bem gelado.

Em frente ao Centro de Artes e letras (CAL), as amigas Luciana, Itamara, Elenice e Laís estendem uma toalha na grama e fecharam a roda do chimarrão. Laís faz sua pós-graduação na UFSM e mora no campus, as outras meninas, também já graduadas ou com a segunda graduação em andamento, no caso de Elenice, moram no centro. No último domingo (24), elas tiraram a tarde para visitar Laís e promoverem uma conversa divertida entre amigas.

Nem para todos o domingo é dia de descanso. Na pista de caminhada, metade exposta, a outra metade escondida entre a plantação de pinheiros ao lado do estacionamento da reitoria, dezenas de pessoas fazem sua caminhada ou corrida diárias. O casal de idosos, antes de começar o percurso, alonga-se nas barras de ferro, lá colocadas para atender aos usuários da pista. Depois de concluída a primeira etapa, começam a caminhada em ritmo lento, não se importando com as meninas que, com passos ligeiros e conversas intermináveis, acabaram de passar por eles. Logo são ultrapassados também pelo militar, que corre todos os dias, com um controlador de batimentos cardíacos preso no peito à mostra.

Voltando mais para perto da pista de caminhada, além dos meninos que jogam futebol em qualquer espaço de campo limpo, outro grupo arranjou uma forma divertida de exercitar-se, além de desenvolver o equilíbrio. É o slackline, praticado há três anos pelo membro mais antigo do grupo. A brincadeira consiste na armação de uma linha elástica entre duas barras firmes, no caso do grupo, duas árvores de tronco grosso, para, equilibrando-se, fazer o maior percurso possível. Experiente no esporte, a menina percorre quase todo o comprimento da fita, para cair apenas há alguns metros do destino final. O grupo escolheu o campus como local de prática pela segurança e tranquilidade do espaço.

Apesar da diversidade de atividades e motivações, há um motivo comum que faz com que o campus fique repleto de visitantes aos domingos: a busca por distração. A Universidade acaba sendo um refúgio em meio à urbanização da cidade; e o domingo, um refúgio em meio a correria semanal. O encontro dos dois resulta em um agradável ambiente que esbanja alegria e tranquilidade para todos.

Às 19 horas muitos já foram embora, enquanto alguns ainda estão chegando. No dia seguinte a semana recomeça, mas provavelmente no próximo domingo os gramados verdes vão ser coloridos novamente por todas as idades, gêneros e preferências que virão até a UFSM em busca de descanso.

Fotos: Patricia Michelotti e Tainan Pauli – Acadêmico de Ciências Sociais.

Repórter: Patricia Michelotti – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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