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UFSM auxilia na capacitação de professores cabo-verdianos



Em julho deste ano, professores e participantes do projeto “Escola de Todos – Fase 2” vão a Cabo Verde para dar continuidade aos trabalhos realizados no país. Desde 2006, a UFSM participa do Programa de Cooperação Técnica Brasil – Cabo Verde, que, com o projeto, visa fortalecer o sistema de ensino de Cabo Verde, com o objetivo de capacitar professores na área de educação especializada.

A professora e uma das organizadoras do projeto, Ana Cláudia Siluk, do Centro de Educação da UFSM (CE), conta que o trabalho no país africano é com base no método de ensino a distância, no qual os professores ministram aulas e ensinam métodos a um corpo docente cabo-verdiano. Com isso, aproximadamente 300 professores do ensino básico e secundário de Cabo Verde já tem conhecimento dos métodos de educação especializados, nas áreas de sistema Braile, orientação e mobilidade na vida diária para deficientes visuais, língua portuguesa para surdos e atendimento educacional.

Em relação à língua portuguesa para surdos, a professora afirma que há a criação de um sistema de linguagem própria ainda inexistente no país, semelhante a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), que leva em conta a cultura e aspectos locais do país africano. Também afirma que esse tipo de linguagem ocorre de maneira peculiar em cada família, onde a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva torna-se muito subjetiva.

Além da educação à distância, aulas presenciais ocorrem rotineiramente. Ana afirma que a presença é de fundamental importância para que a capacitação se torne mais completa, e as dificuldades também diminuem com a presença física dos professores brasileiros no país, além da vinda de docentes cabo-verdianos para o Brasil para uma troca de experiências e aprendizado.

Com objetivo de melhorar o modo de atendimento educacional às crianças, salas de aula específicas serão feitas em Cabo Verde. Para isso, um arquiteto e um engenheiro civil brasileiros irão ao país para a construção de três salas de recursos multifuncionais, nas Ilhas de Santiago (Santa Catarina), Santo Antão (Ribeira Grande) e Fogo (Mosteiros), em escolas que serão selecionadas pelo Ministério da Educação do país africano.

Além dessas atividades, foi lançado um livro com detalhes do projeto e relatos de professores da UFSM e cabo-verdianos. “Formação de professores para o atendimento educacional especializado: uma experiência em Cabo Verde, África” foi organizado pela professora Ana e contém, também, fotos e explicações sobre o projeto, desde sua fase inicial (fase 1, finalizada em meados de 2006) até a fase mais recente ainda em andamento (fase 2). Para a finalização desta, algumas atividades precisam ser realizadas, como o envio de equipamentos para Cabo Verde, adequação do espaço físico que receberá reformas, entre outras atividades, que tem o Brasil como país executor.

Criação do projeto

O projeto surge quando Cabo Verde solicitou a realização de um projeto de cooperação técnica internacional, na área de formação de professores para a Educação Especial. O projeto “Escola de Todos” tem como executores o governo brasileiro, intermediado pelo Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial (SEESP) e a UFSM, pelo lado brasileiro. Pelo lado cabo-verdiano, o Ministério da Educação e Ensino superior (MEES), a Direção Geral de Ensino Básico e Secundário (DGEBS) representam o governo do país na execução do “Escola de Todos”.

Foto: Luciele Oliveira – Acadêmica de Jornalismo.

Repórter: Guilherme Gabbi – Acadêmico de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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