Ocorreu no dia 15 de outubro, durante a 28ª Jornada Acadêmica Integrada da UFSM, a palestra “Oportunidades de Intercâmbio no Japão”, promovida pela Secretaria de Apoio Internacional (SAI). A sala 218 do Prédio da Reitoria da UFSM encontrou-se lotada por alunos interessados em conhecer as oportunidades de bolsas de estudos no Japão. A palestra foi apresentada pela professora Tomoko Kimura Gaudiso e o professor Francisco Antonio Mondari Valle.
O professor Mondari iniciou a palestra com comentários sobre a Associação Sul Brasileira de Bolsistas no Japão, criada a cerca de 30 anos. Assim como a professora Tomoko, Mondari é um ex-bolsista, e ambos palestraram para informar as possibilidades aos alunos interessados em estudar no Japão. A Associação reúne em torno de 1100 ex-bolsistas, do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que procuraram por uma maior qualificação no país asiático.
Em um segundo momento, o professor Mondari abordou as oportunidades para bolsistas com a Japan International Cooperation Agency (JICA), ou Agência de Cooperação Internacional Japonesa. A JICA possui vários programas, com o foco na cooperação internacional, ou seja, “uma cooperação para o desenvolvimento do país” como define Mondari. Dessa maneira, os alunos que fazem o intercâmbio são aprimorados, e voltam ao Brasil mais preparados e qualificados para o mercado de trabalho.
Entre os programas da JICA, está o de treinamento em grupo no Japão, que patrocina o recebimento de bolsistas, e o programa de parceria com a comunidade Nikkei: há o Programa de Treinamento de Nikkeis no Japão e o Programa de Voluntários para Entidades Nikkeis. A palavra “Nikkei” refere-se a imigrantes japoneses, ou descendentes de japoneses nascidos fora do país.
A Professora Tomoko Kimura Gaudioso, imigrante japonesa, relatou sobre a bolsa Monbusho, oferecida pelo governo do Japão, por meio do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia. Entre as oportunidades, existe a Bolsa de Pesquisa para Pós-Graduação, a Bolsa de Graduação, as Escolas Técnicas Superiores, o Curso Profissionalizante, o Curso de Língua e Cultura Japonesa, e o Treinamento para Professores. Todos os programas delimitam a idade que o bolsista deve ter. A Bolsa de Graduação, por exemplo, diz que o aluno deve ter entre 17 e 21 anos. Tomoko justifica esse fato: “na cultura japonesa, o estudante sai do ensino médio e vai para a universidade. Há um limite sobre o período em que ele deve fazer isto”, ela ressalta.
Todas as bolsas, conforme explica a professora Tomoko, exigem em torno de seis meses para o aprendizado da cultura e da língua japonesa. A professora destaca a importância de que o bolsista esteja interessado no país, e em aprender suas características.
A palestra foi finalizada com os professores Mondari e Tomoko esclarecendo que seu objetivo era “desmistificar” o intercâmbio para o Japão. “Além disso, o interessado pode consultar outras bolsas, através do Ministério das Relações Exteriores do Japão, por exemplo, ou com Organizações Não-Governamentais”, encerrou Tomoko.
Repórter: Myrella Allgayer – Acadêmica de Jornalismo.
Edição: Lucas Durr Missau.
