A mini-empresa Ecotec Solar S.A.E (sociedade anônima estudantil), criada em agosto de 2013 e voltada para os alunos do curso técnico em Administração do Colégio Politécnico da UFSM, realiza um projeto de aquecimento solar com o uso de garrafas pet. O projeto visa diminuir gastos para o Lar das Vovozinhas e reutilizar materiais descartáveis para diminuição do uso da energia elétrica.
O aluno do Colégio e presidente da mini empresa Ecotec, Antônio Nery, diz que o projeto é relativamente simples, mas eficaz. Os participantes recolhem garrafas pet em casas e levam para o Politécnico, onde é feito o processo para montagem dos módulos de aquecimento. As garrafas são recolhidas e selecionadas, após são lavadas, recortadas e pintadas para o uso nos módulos. Esses consistem na união das garrafas com canos P.V.C (colocados dentro das garrafas) e tinta, que reveste um lado delas.
As garrafas são pintadas pela metade, para que o sol as aqueça a uma temperatura suficiente para ser tolerável pelos canos e pela caixa d’água. O sol incide nas pets e aquece a água que está no cano. A água fria sai da caixa da água e passa por toda a tubulação, retornando aquecida para a caixa. Ao todo, serão feitos 660 módulos de garrafas (cada módulo contém em média sete garrafas), o que diminuirá os gastos do Lar consideravelmente, atendendo as necessidades de cerca de 40 idosas.
Para realização do projeto, conta-se com a ajuda de apoiadores. Um banner foi feito e cada apoiador recebe um espaço para a divulgação. O produto resultante do projeto – módulos de aquecimento com as garrafas – é destinado para o Lar das Vovozinhas.
O programa Mini Empresa está presente no Politécnico desde 2001. A ONG internacional Junior achievement, criada nos Estados Unidos, em 1919, foi trazida para Santa Maria pela Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (CACISM), e é a responsável pela criação da Ecotec.
A mini-empresa conta com o auxílio de quatro professores da Instituição. Além do professor orientador do projeto, Aier Morcelli, participam também Gustavo Rossés, Márcia Bento e Cícero Nogueria, todos do Politécnico. Tradicionalmente, quatro empresários participam das atividades do mini-empresa, mas o professor Aier conta que, em função dos grande quantidade de encontros, a presença de outros professores ficou mais viável.
Além disso, é interessante ressaltar que alunos aprendem a trabalhar com administração desde cedo, tendo contato com o funcionamento empresarial, mas também crescem de maneira criativa e sustentável. Afinal, a energia solar é algo presente para todos e não necessita de gastos financeiros.
Repórter: Guilherme Gabbi – Acadêmico de Jornalismo.
Edição: Lucas Durr Missau.
