A Rádio Universidade AM vai integrar a Rede Pública de Rádios (RPR), cujo objetivo será dar uma maior sinergia entre o universo diversificado das emissoras públicas do país. O assunto foi discutido no mês de novembro, em Brasília (DF), em encontro nacional promovido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O diretor da Rádio Universidade AM, Celso Franzen, participou do encontro, juntamente com representantes de cerca de 40 rádios públicas brasileiras (educativas, culturais, universitárias e institucionais), além das rádios da EBC.

Segundo Franzen, a Rede Pública de Rádios permitirá diferentes tipos de parcerias, entre elas a participação conjunta em coberturas e transmissão de eventos especiais. O primeiro deles será a Copa do Mundo 2014. Franzen relata que já houve uma transmissão experimental, com cerca de 10 emissoras, na Copa das Confederações. “Foi um exemplo que deu certo”, afirma.

Na Copa do Mundo do próximo ano, a Rádio Universidade AM e as demais integrantes da RPR vão transmitir todos os jogos. A EBC ganhou permissão da Fifa para transmitir, ao vivo dos estádios, as partidas da Seleção Brasileira, além de uma semifinal e a final do mundial. Os demais jogos serão transmitidos ao vivo de um espaço público no Rio de Janeiro onde haverá telão. A emissora da UFSM poderá encaminhar profissionais para a transmissão dos jogos a partir do espaço público – nas partidas nos estádios, só a equipe da EBC terá credenciais.

Haverá novidade também na transmissão. Franzen explica que a EBC vai disponibilizar três tipos de sinais, sem delay, e não apenas por streaming. As rádios poderão optar pela melhor forma.

A Copa do Mundo também será mais uma oportunidade para os estudantes do curso de Jornalismo, que já atuaram na transmissão da Copa das Confederações e colaboram na produção do Radar Esportivo, programa semanal de esportes da Rádio Universidade.

A Rede Pública de Rádios terá diversos níveis de adesões, permitindo diferentes tipos de parcerias. Funcionará, principalmente, a partir da troca de conteúdos radiofônicos, utilizando diversas plataformas; de possibilidades de coproduções colaborativas; de participação conjunta em coberturas e transmissão de eventos especiais; da organização e implementação de iniciativas comuns de capacitação e qualificação profissional, e também da busca por uma atuação institucional estratégica mais unificada.

Ao final do encontro da RPR foi aprovada uma Carta de Brasília, documento que estabelece algumas diretrizes para a construção da Rede Pública de Rádios, e eleita uma Coordenação Provisória da RPR, que terá como desafio fazer funcionar cinco grupos de trabalho propostos pelos participantes: Gestão, Jornalismo, Programação, Tecnologia e Rádios Universitárias.

Matéria elaborada pela Assessoria de Imprensa – UFSM.