O distrito turístico de São João do Polêsine se transforma durante a última semana de julho e a primeira semana de agosto. Além do Festival Internacional de Inverno da UFSM, Vale Vêneto sedia a Semana de Cultura Italiana. Os dois eventos, realizados concomitantemente há 29 anos, são a prova da acertada parceria entre a UFSM e a comunidade local, que se empenha para receber bem os visitantes.
A dona de casa Vivaldina Bortoluzzi, 70 anos, é a responsável pela cozinha da Semana de Cultura Italiana desde a primeira edição. Ela coordena cem pessoas, incluindo toda a sua família, do marido aos netos, que atuam em diferentes setores como se estivem em uma pequena empresa. Homens e mulheres, em sua maioria com mais de 50 anos, moradores da região ou de cidades mais distantes, como a capital, trabalham desde o início da manhã até o final da noite. Nos dias da semana, produz 1800 refeições. Nos finais de semana, chegam a ser servidas até 2 mil pessoas.
Todos dias mais requisitados são os que têm o bife à milanesa como prato principal. Na cozinha, uma linha de montagem atua para que o bife seja passado na farinha e nos ovos batidos antes de ser levado à fritura na panela industrial. O cardápio ainda tem carne assada, risoto e saladas.
Da cozinha, ainda saem os pães, cucas e doces, vendidos todos os dias do evento. Segundo Vivaldinha, são preparados cerca de 3500 pãezinhos, assados em 35 a 40 fornadas diárias. A cuca italiana, produzida com o tradicional fermento da batata, é preparada com ajuda de uma batedeira industrial. A máquina bate a mistura de 50 quilos de farinha, 25 quilos de açúcar e meia dúzia de ovos. Isto é suficiente para fazer até 100 cucas. Por dia, são vendidas cerca de 190 cucas italianas.
Maurício Dias, jornalista da Agência de Notícias da UFSM