Desenvolvendo trabalhos sobre
controle de qualidade em sanidade animal há mais de dez anos, o Laboratório de
Microbiologia da UFSM está em um grande momento histórico: auxiliar a combater
os problemas no controle de qualidade do leite bovino. Além disso, com o
objetivo de atender as normas de qualidade, de acordo com as demandas
internacionais, o Laboratório realiza três atividades principais: diagnóstico
de brucelose bovina, diagnóstico de brucelose ovina e monitoramento de
brucelose em equinos destinados à exportação.
Sob coordenação do professor Dr. Geder
Paulo Herrmann, o laboratório pertence ao Centro de Ciências da Saúde (CCS),
contudo, é destinado a atender necessidades das Ciências Rurais. Com o auxílio
das bolsistas Vanessa Osmari, acadêmica de Medicina Veterinária, e Aline Xarão,
acadêmica de Engenharia de Produção, são feitos trabalhos nas propriedades
agrícolas, a fim de que a Universidade possa dar apoio à saúde dos animais.
Para isso, são utilizadas as técnicas recomendadas pelo Ministério da
Agricultura, da polarização fluorescente e de técnicas moleculares em tempo
real. São feitas visitas em propriedades rurais e recebidas amostras para
análise laboratorial, colhidas por médicos veterinários habilitados no Programa Nacional de
Controle de Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT).
No ano de 2013, o Laboratório de
Microbiologia foi contemplado com um projeto de pesquisa, para atender a
demanda dos pólos tecnológicos – ambientes industriais que concentram recursos
humanos, laboratórios e equipamentos, e têm a função de criar novos processos,
produtos e serviços industriais. Assim, atua na região central do estado e
também nas regiões de fronteira, dando apoio ao Programa de Sanidade Animal.
Ainda, está em fase final de implantação da Norma ISO 17025, a qual estabelece os critérios gerais
para os laboratórios que desejam demonstrar sua competência técnica, que
possuem um sistema de qualidade efetivo e que são capazes de produzir resultados tecnicamente válidos.
O tratamento da brucelose – doença crônica
causada por bactérias do gênero Brucella, transmitidas pelos laticínios não
pasteurizados ou pelo contato com animais ou carne infectada – é realizado em
bovinos, equinos e ovinos. O laboratório analisa as amostras e, a partir dos
resultados obtidos, os veterinários do serviço de defesa estadual tomam medidas
de saneamento e controle da doença.
Outra atividade importante
desenvolvida pelo Laboratório de Microbiologia está ligada à exportação de
equinos. O trabalho se dá a partir da análise de soro equino, para certificar
quais propriedades possuem animais aptos para serem abatidos e,
posteriormente, exportados para países como Rússia, Japão,
China, Itália, Bélgica, Holanda, França e África do Sul. Herrmann ressalta que,
embora sejam raros no Brasil os casos de consumo de carne de cavalo, é
necessário trabalhar respeitando os hábitos alimentares das populações, sem
interferir nos costumes das diferentes regiões.
Texto: Claudine Freiberger
Friedrich