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​Alunos de Engenharia de Produção fabricam brinquedos para crianças com câncer



Foram produzidos brinquedos que estimulam os reflexos e a coordenação motora (crédito foto: arquivo pessoal)

No
primeiro semestre do curso de Engenharia de Produção, os alunos são
apresentados a uma disciplina introdutória que visa a situá-los no panorama
geral da futura carreira. Uma das estratégias de ensino utilizadas nessa
disciplina é a simulação de produção, na qual os acadêmicos ficam responsáveis
pelo desenvolvimento e criação de um produto. Os materiais deste ano tiveram um
propósito maior e na segunda-feira (17) foram doados para a Turma do Ique,
projeto que auxilia crianças que se tratam contra o câncer no Hospital
Universitário de Santa Maria.

Coordenados
pela professora Morgana Pizzolato, os acadêmicos tiveram que desenvolver
estratégias, conceitos e táticas para produzir brinquedos com material de
reuso. Além disso, organizados em grupo, precisavam criar um nome para a
empresa fictícia (“mini-fábrica”) e para o material produzido, reforçando o
trabalho em equipe.

Esta
atividade é comumente desenvolvida em quatro aulas de um turno, na qual os
alunos desenvolvem o conceito e o processo, produzem e avaliam a qualidade do
produto e a produtividade, bem como os custos e a organização do trabalho. Em um
primeiro momento, os projetos são apresentados ao resto da turma e novas ideias
são fomentadas. Mais tarde, perpassando aspectos ergonômicos, sucatas, garrafas
pet e outros materiais recicláveis trazidos pelos alunos começam a tomar a
forma de um novo produto. Nessas aulas,
a sala de estudo é transformada em “chão de fábrica”, o que
possibilita ter uma noção básica das atividades que o engenheiro de produção
realiza.

Alunos de Engenharia de Produção brincam junto com as crianças da Turma do Ique (crédito foto: arquivo pessoal)

Segundo
Morgana, a avaliação da disciplina se dá por meio de relatórios das atividades
que, como um todo, precisam ser cuidadosamente pensadas. O objetivo de fabricar
brinquedos, mais do que prática, exigiu
estudo sobre a faixa etária abrangente e sobre as possíveis contribuições de
tal material para o aprendizado e desenvolvimento da criança. Foram então
produzidos brinquedos simples como o boliche de garrafas e o pega-varetas que
estimulam a coordenação motora, os reflexos e a criatividade.

“A
intenção é dar uma noção para o aluno futuro engenheiro. Envolvido no mundo da
fabricação desde cedo, ele aprende a criar soluções convivendo com limitações,
como nas situações reais, só que em escala menor.”, destaca a professora.

A
entrega dos brinquedos sensibilizou as
crianças e familiares, mas principalmente os alunos, que puderam ver seus
trabalhos com um reconhecimento ainda maior. Além disso, ao brincarem junto com
as crianças, foi possível avaliar mais claramente a qualidade do produto. A
aluna Stephanie de Almeida Machado, que se empenhou nas atividades propostas e
participou da visita ao centro oncológico, descreve as aulas como “muito proveitosas”, por dar
uma visão do quão abrangente é o papel do engenheiro de produção. Para ela, no
entanto, a aceitação dos novos brinquedos pelas crianças foi uma experiência
ainda mais gratificante e recompensadora.

Para
finalizar, a professora que orientou todas as atividades afirma ter alcançado resultados
muito positivos, para a formação tanto acadêmica como pessoal do aluno:

“Conseguimos
enxergar que a nossa presença faz diferença. Os indivíduos que hoje em dia
parecem virar máquina também têm seu lado humano e é isso o que mais importa.
Não podemos sair da universidade formados apenas como bons profissionais.”

Texto: Tainara Luisa Liesenfeld, acadêmica de
Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

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