Na tarde da última terça-feira (16), a direção do Centro de Tecnologia (CT) divulgou um contrato firmado com o Exército Brasileiro com o objetivo de desenvolver o Sistema Integrado de Simulação do Sistema Astros 2020 (SIS-Astros), para o lançamentos de foguetes e mísseis. O sistema é constituído de várias viaturas responsáveis pelo carregamento de munições e pelo controle meteorológico. O sistema servirá não só para simular ambientes, mas também para definir de que forma devem ser organizar as viaturas quando elas estiverem sendo utilizadas.
Os equipamentos do Astros são desenvolvido pela Avibras, empresa de São José dos Campos, São Paulo. O desenvolvimento do simulador integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e repassará à Universidade aproximadamente R$ 9 milhões. O equipamento será utilizado no Forte Santa Bárbara, em Formosa, Goiás.
O Exército participará das especificações, dos testes, da validação do simulador e da formação de recursos humanos.
A UFSM, nos próximos anos, formará profissionais e, também, desenvolverá a mesa digitalizadora que será utilizada para simulação do uso do sistema em diferentes ambientes. “O sistema Astros não é fácil de transportar. Então é preciso simular bastante. Isso economiza e melhora o treinamento e o adestramento”, ressaltou o professor João Baptista Martins.
“A mesa digitalizadora é específica para um dos simuladores utilizado para o treinamento de Reconhecimento, Escolha e Ocupação de Posição (Reop), uma das técnicas que o Exército utiliza. Como esse sistema é novo, as doutrinas do exército terão de se adequar à modernização do sistema Astros. É necessário que os oficiais sejam treinados nessas novas doutrinas. Então, por isso, esse simulador temos diminuição dos custos e de tempo. Além disso, é possível treinar um número maior de profissionais”, relatou a coordenadora geral do projeto, Lisandra Manzoni.
O projeto, porém, não terá apenas o viés militar. Embora sejam viabilizadas a partir de parceria com o Exército, as tecnologias poderão ser utilizadas para outras áreas do conhecimento. “Esses recursos são sempre bons, porque vêm para a Universidade e são investidos aqui na melhoria de laboratórios, na melhoria de ensino, na capacitação dos profissionais. Nós, professores, necessitamos desse contato com as empresas. Isso é o que nos mantém atualizados”, relatou o professor Tiago Marchezan, representante do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NIT) da UFSM.
A UFSM e o Exército assinaram o termo de execução descentralizada para o desenvolvimento do SIS-Astros no dia 27 de novembro. O projeto tem duração prevista para quatros anos e envolverá cerca de 30 pessoas entre alunos, pesquisadores e profissionais contratados.
Texto: Germano Molardi
Foto: Rafael Happke
