Mesmo com a paralisação do Restaurante Universitário devido à greve dos servidores técnico-administrativos, está
sendo realizada a distribuição de alimentos para os alunos que possuem o
benefício socioeconômico (BSE).
As distribuições tiveram início no dia 30 de maio e
beneficiam, a cada vez, uma média de 638 alunos. A entrega acontece nas terças e
sextas-feiras, das 12h às 13h30min, na União Universitária.
Os alimentos são preparados pelo conjunto de nutricionistas
e visam, segundo o diretor do RU, Gilson Bichueti, atender todas as
necessidades nutricionais dos acadêmicos.
Por isso, o conjunto é preparado para
dar conta do café da manhã, almoço e janta: arroz, massa, legumes, frutas,
leite, pão, margarina e sobremesa – a inclusão do pão, do leite e da margarina,
que compõem o café da manhã, atendeu a uma reivindicação dos alunos.
Gilson destaca que “é uma necessidade que eles têm e é
importante que eles não passem dificuldade”. Apesar de terem que adequar
seus horários para o preparo das refeições, já que continuam tendo aulas,
receber os alimentos in natura é de grande importância, minimizando a
dificuldade que é ficar sem o RU.
Rotina sem RU
No apartamento 4113 da Casa do Estudante moram seis
acadêmicos. Claudine Friedrich faz Jornalismo; Juliana Graebner faz Relações
Públicas; Priscila Azambuja, da Engenharia Química; Vanessa Henrique, da Música; Igor Dalla
Corte, da Engenharia Aeroespacial; e Régis Gralow, também da Música.
Para conseguirem se organizar com a distribuição, muitos
fazem uma quantidade de comida no almoço que também renda uma janta, e
vice-versa, ou acabam comendo nos restaurantes do campus. Quando fazem comida,
se organizam nos horários para que todos consigam utilizar o único fogão existente no
apartamento, e se reúnem entre dois ou três, utilizando em conjunto os
alimentos da distribuição.
Juliana, que mora
com a facilidade de morar perto de casa,
alimentos preparados pela mãe.
Com o objetivo de facilitar a rotina dos estudantes, a União
Universitária também disponibilizou um freezer e um fogão para que os acadêmicos
possam armazenar e preparar seus alimentos.
A avaliação geral dos estudantes é que sem a distribuição
dos alimentos seria difícil ter uma alimentação adequada, devido também ao
custo financeiro.
A quem possa interessar, as trufas
Era comum na rotina dos estudantes o encontro com Maria
Medianeira Souto dos Santos ao sair do RU. Sentada, vendia trufas pequenas e
grandes de diversos sabores por R$ 1,00 e R$ 2,50. Com a paralisação, Maria
continua trabalhando com encomendas de suas trufas e outros doces e também
comparece nos dias de distribuição para adicionar ao kit daqueles que tiverem interesse mais um
bom alimento de sobremesa.
Informações sobre o agendamento e as distribuições no site do RU.
Germano
Molardi, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias, com
informações da Assessoria de Comunicação do RU




