Durante a Jornada Acadêmica Integrada (JAI), o projeto NeuroArTE está presente com módulos educativos expositivos. As atividades
acontecem na Sala Cláudio Carriconde, no CAL, prédio 40, das 9h às 12h e das 14h
às 17h.
O NeuroArTE é um projeto de museu
Itinerante que tem como objetivo popularizar o conhecimento das neurociências
por meio da ciência, arte e da tecnologia.
Recentemente,
através do edital 85/2013 do CNPq, o grupo conseguiu financiamento para a construção
dos módulos interativos que farão parte da JAI/UFSM e também da Semana Nacional
de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
No ano que vem, o NeuroArTE estará nas cidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre.
Essa exposição está vinculada aos programas de pós-graduação em Educação e
Ciências: Química da Vida e Saúde (UFSM/UFRGS/FURG), em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica, e em
Artes Visuais.
A programação para a
JAI inclui vários módulos educativos expositivos, que têm como objetivo
desafiar o público no evento ao apresentar, em cada um deles, uma explicação
funcional e orgânica das principais regiões do cérebro. Pode-se destacar para
esta exposição o módulo Estrela-Espelho, que avaliará o desempenho dos participantes
através de uma distração provocada na região do cerebelo, e o módulo Pilha
Humana, que versa sobre como o corpo humano está em constante produção de
energia. Além disso, haverá espaço para a análise microscópica de lâminas
de amostras de cérebro de camundongos, um painel informativo sobre como inicia
o processo de neurodegeneração nas doenças de Parkinson e Alzheimer.
Com a intenção de realizar atividades transdiciplinares,
as professoras Maria Rosa Chitolina Schetinger (PPG Educação e Ciências/CCNE) e
Nara Cristina Santos (PPG Artes Visuais/CAL) atuam em conjunto desde 2010. Com
o objetivo de interrelacionar as investigações desenvolvidas nos grupos de
pesquisa de duas áreas distintas: Ciências e Arte, vinculadas aos laboratórios Enzitox (Laboratório de Enzimologia e Toxicologia) e Labart (Laboratório de pesquisa em Arte e Tecnologia).
A ideia de realizar a exposição
em municípios da região central e sul do
estado começou a partir das pesquisas desenvolvidas na tese de doutorado do
aluno Jessié Gutierres, orientado pela professora Maria Rosa e com a
colaboração da professora Nara Cristina. Com o propósito de levar o
conhecimento das Neurociências através da Arte e Tecnologia para escolas dessas
regiões, e um dos critérios de escolha das escolas foi por elas apresentarem um
Ideb baixo (Índice de desenvolvimento da Educação Básica).
A coordenação geral
do projeto está com a professora Maria Rosa. Já a curadoria da exposição da JAI
é composta pela coordebadora, pela professora Nara Cristina Santos (CAL/UFSM),
Jessié Gutierres (CEFD e PPG Educação e Ciências/UFSM) e Carlos Donaduzzi
(CAL/UFSM).
Além das atividades citadas, haverá
a exposição de um documentário que faz
parte da tese de doutorado vinculada à exposição e que a equipe diz que
certamente surpreenderá o público. “Contaremos a história de um aluno do ensino
médio que é praticante de capoeira, e através de um olhar lúdico e ao mesmo
tempo científico o narrador mostrará as diferentes potencialidades do cérebro
humano”, conta Gutierres.
Sobre a importância
de um projeto como esse, Gutierres disse: “Sem dúvida, popularizar as pesquisas
dos nossos grupos é um grande desafio, já que o objetivo principal é tornar
prático e simples conceitos, técnicas e dados complexos. Os pesquisadores no
Brasil ainda têm muita dificuldade em divulgar suas pesquisas, e os meios de
comunicação não veem a ciência e a educação como temas lucrativos, e por esta
razão existe ainda pouco espaço. Mas, apesar das dificuldades da divulgação,
muito tem sido feito nas últimas décadas, como a iniciativa do Governo Federal
através do CNPq em difundir o que é produzido de ciência nas universidades
brasileiras através de museus itinerantes.”
Texto e fotos: Sabrina Cáceres, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM





