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Husm usa tablet para ensinar crianças internadas



Crianças internadas utilizam tablets doados pela Receita Federal

Não é de hoje que, além de todo cuidado médico e assistencial, as crianças em tratamento de saúde no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) contam com o apoio incessante do Setor Educacional/Classe Hospitalar. O hospital é um dos únicos três do Estado que oferecem esse serviço aos pequenos. 

Não é por estar hospitalizado que o aluno de educação infantil, ensinos fundamental e médio ficará afastado do ensino-aprendizagem. A novidade é que, desde agosto deste ano, a equipe do Setor Educacional do Husm conta com a tecnologia como ferramenta para complementar o estudo da criançada.  Dois tablets – doados pela Receita Federal – passaram a permitir o acesso a 28 aplicativos, com conteúdos que vão desde lógica matemática, artes até produção textual.

“O Husm não tem internet móvel, a alternativa foi obter autorização para levar os tabletes para casa e baixar os aplicativos e, aí, trabalhar com as crianças”, explica a técnica em assuntos educacionais, professora Leodi Conceição Meireles Ortiz, coordenadora do Setor Educacional do Husm há 20 anos.

Segundo Leodi, todas as manhãs – de segunda a sexta-feira – a equipe se reúne cedo para definir o que cada criança, internada na Pediatria e no Centro de Tratamento da Criança e Adolescente com Câncer (CTCriac), irá fazer com base nos conteúdos curriculares enviadas pela escola regular e/ou nas atividades catalogadas junto ao banco de materiais pedagógicos do setor.

Mas a pedagoga deixa claro que “o tablet é uma ferramenta, um complemento. O paciente tem que comandar a tecnologia. Ele deve ser o senhor e não o contrário”.

A pedagoga defende também que o uso dos dispositivos móveis como suporte para o ensino-aprendizagem aproxima as crianças do mundo exterior. “A tecnologia, se bem direcionada, potencializa o aprender, o ser e o estar. É uma janela para o lado extra-hospital. Permite que a criança se aproprie de outros conhecimentos e tenha vivências que não teria acesso, durante a internação”, completa.

O tempo de duração de cada atividade é definido pela criança. “O relógio é o aluno. Enquanto houver interesse, permanecemos com ele”, diz Leodi.

Apesar do pouco tempo de uso dos tablets junto aos leitos – três meses – os resultados já começaram a aparecer, principalmente, entre as crianças menores de 5 anos.

“Notamos uma adesão maior dessa faixa etária. Até então, eles não demonstravam interesse em participar das aulas na versão formal de ensino. Com os aplicativos – como alguns em que é possível os pequenos fazerem a letra com o dedo na tela do computador e o programa pronuncia a letra desenhada – eles ficaram interessados”, comemoram Marinara Quatrin Dalmolin e Jessica Viaro Bressan, acadêmicas do curso de Pedagogia e bolsistas do Setor Educacional/Classe Hospitalar.

A prática de ensino através dos dispositivos móveis – desenvolvida pelo Setor Educacional – ocorre através da parceria com o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede. As duas bolsistas participam, semanalmente, da oficina de capacitação docente para uso de tablete no Centro de Educação da UFSM.

Segundo a pedagoga, no Rio Grande do Sul, apenas três hospitais oferecem classe hospitalar. O pioneiro – ainda na década de 90 – foi o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, seguido do Husm, em 1995, e, mais recentemente, o Hospital Santo Antônio, também na capital.

Texto e foto: Assessoria de Comunicação do Husm

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