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​Arquitetura sob o viés social



Integrantes do projeto

Criar uma estrutura que fosse ao mesmo tempo funcional,
agradável e segura. Este era o desafio dos integrantes do grupo Arquitetura de
Ação Social e Ambiental (ASA) quando convocados pelo Presídio Regional de Santa
Maria para planejar a reforma e revitalização do pátio feminino. O grupo, criado
em 2011, é orientado pela professora Taís Alves, em parceria com o professor
Carlos Fraga e também por membros do Programa de Ensino Tutorial (PET) do curso
de Arquitetura e Urbanismo da UFSM, coordenados pelo professor Júlio Katinski.

Segundo Taís, a ideia foi criar um projeto que mantivesse a
segurança do presídio e que atendesse às necessidades solicitadas, com o menor
custo possível. “A meta do grupo ASA é procurar soluções para que a arquitetura
com fins sociais possua qualidade estética, funcional e com tecnologias que
primem pelos aspectos ambientais, desmistificando a ideia de que projetos de
qualidade são apenas para as classes que possuem mais recursos financeiros.
Portanto, buscamos a criatividade como meio de aliar qualidade com o menor
custo possível, porque este é um projeto para ser social e tal questão se torna
imprescindível”, comenta a coordenadora.

Corte esquemático do projetoNo presídio, o pátio usado diariamente pelas presidiárias e,
nos horários de visita, pelos familiares e companheiros, não apresentava um
espaço com área coberta suficiente para proteger a todos nos dias de chuva. O
ambiente destinado aos visitantes para espera também não era agradável, assim
como o local das visitas íntimas dos companheiros. Para tanto, o projeto
contemplou, além do espaço coberto, um espaço de lazer, playground para as crianças e horta.

O projeto arquitetônico buscou atender às normas técnicas
das construções em
presídios. No pátio, planejou-se uma cobertura em formato
borboleta, no intuito de 
proporcionar sensações de liberdade e leveza. A alegria
pretendida foi estampada em murais feitos pela integrante do grupo, aluna do curso e
artista Antonella Aranda Ávila. Eles apresentam desenhos com cores vibrantes,
que passam uma mensagem de apoio e esperança. 

Outro mural colocado no pátio tem
a função de um quadro negro. Nele, as presidiárias poderão se expressar através
de desenhos ou escritas, assim como os visitantes. A horta inserida em um
formato ondulado e o playground conformado por linhas sinuosas, fazem parte do
contraste que o projeto buscou, ora com linhas retas, ora com curvas, dentre
outros aspectos estéticos e funcionais, que foram criados para tornar o local
mais adequado à demanda. O grupo entregou um projeto em nível executivo, com
todos os detalhes necessários para que a obra consiga ser executada.

Na visão dos alunos, participar do grupo ASA é instigante.
Segundo a estudante de Arquitetura da UFSM e membro do projeto Luzia Oliver
Brand, “todo profissional deve cumprir um papel social na sociedade,
principalmente os alunos de uma instituição pública, que tem mais
responsabilidade nisso”.

Croqui do projetoPara a professora, além de propiciar ao recém-formado a
oportunidade de assumir um projeto técnico, o trabalho do grupo ASA também se
relaciona com a desmistificação da profissão do arquiteto como apenas vinculada
ao interesse das classes média e alta. Desta forma, trabalha com projetos para
a comunidade.

A primeira ação do grupo foi referente ao projeto “Escola
para Todos”, realizado em
Cabo Verde, na África, em parceria com professor Eduardo
Rizzatti, pró-reitor de Infraestrutura da UFSM. O objetivo era tornar
acessíveis as três escolas espalhadas pelas dez ilhas que compõem o país, com a
reforma e a reestruturação do pátio e das salas de aula. Este trabalho, que
chegou a ser enviado para a presidência do Brasil, foi o marco inicial do grupo,
que pretende ainda neste ano registrar-se no CNPQ e alçar voos maiores. 

“O
desafio do ASA é muito maior, pois com poucos recursos precisamos desenvolver
ao máximo a nossa criatividade para que consigamos a excelência nas soluções
propostas. E a sigla, ASA, vem ao encontro desta premissa, ou seja, buscarmos
através da abstração da palavra ‘asa’, que nos remete aos voos dos
pássaros, liberdade de criação, alçar voos imaginativos com a intenção de buscar
soluções de qualidade nas mais diferentes áreas da arquitetura e urbanismo”,
explica a professora Taís.

Integrantes do Grupo ASA:

Professores: Taís Maria Peixoto Alves, Giane
Campos Grigoletti, Juliana Pippi Antoniazzi e Carlos André Soares
Fraga. Acadêmicos: Ana Helena Leichtweis, Ana Julia Breunig de Freitas, Camila
Zambenedetti Lucca, Carlos Diaz Filho, Ione Bertoncello, Isadora Carpes
Daltrozo, Maria Antonella Aranda Avila, Maria Cecília Pereira da Rocha, Silvia Farias, Ana
Júlia Breunig Freitas, Francisco Cenzi De Ré, João Pedro Silveira, Larissa Kraemer
Rigon, Rafaela Gelatti Senna, Renata Albernard e Luzia Oliver Brand.

Texto: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias

Foto: Agatha Azevedo/divulgação

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