Prever e antecipar o
futuro, organizar a Instituição de maneira mais planejada, para que cada ação
particular tenha sentido sobre o coletivo. Possibilitar que o Planejamento
priorize. Determinar onde a Universidade quer chegar e estar em 10 anos. Essas
são algumas das possibilidades do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
que a UFSM começa a discutir, debater e definir.
Para tanto, todos
envolvidos com a Instituição, passam a estabelecer seus objetivos e desafios. Internacionalização,
Educação inovadora e transformadora com excelência acadêmica, Inclusão Social,
Inovação, geração de conhecimento e transferência de tecnologia, Modernização e
desenvolvimento organizacional, Desenvolvimento local, regional e nacional, e
Gestão ambiental são os desafios a serem vencidos pela Universidade.
“Se for pensar em todo o papel que a Universidade possui, desde o ensino,
pesquisa, extensão e gestão, é muito amplo o leque de atuação. Então para não
esquecer os principais pontos que a Instituição tem que investir,
estabeleceu-se essas metas, motivos pelos quais a Universidade quer lutar e
trabalhar pelos próximos 10 anos”, ressalta o pró-reitor de Planejamento,
Frank Casado. Além dos desafios, o PDI conta com as Comissões Temáticas, responsáveis
por demais assuntos da Instituição. “Essas comissões se preocupam com
temas específicos, que podem não estar elencados nos desafios. Entretanto,
podem vir a fazer parte deles na construção das políticas da Instituição”,
alerta ele.
Para colocar todo esse trabalho em prática, chefes de Departamento,
coordenadores de curso, técnico-administrativos que fazem parte de chefia dos
Centros de Ensino, bem como estudantes irão
fazer parte deste processo, ou através das reuniões nos centros, ou através de
encontros específicos, a partir de uma convocação da Pró-reitoria de
Planejamento (Proplan) começam a discussão de temas, para levantar quais os objetivos e pontos que a Universidade
tem que trabalhar de acordo com cada desafio. “Vamos trabalhar com reuniões
nesses centros, com grupos temáticos, contando para isso com a colaboração e
presença de facilitadores, ou seja, pessoas especializadas no tema, para
esclarecimento de dúvidas porque não se espera que os gestores tenham
conhecimento sobre todas as áreas. A idéia é tirar o máximo de informação. Não
sairemos com o PDI pronto, mas teremos o entendimento daquela comunidade sobre
aqueles temas”, conta Casado. Após todos os debates na comunidade, que
pretendem levantar as fragilidades e as forças da Instituição, a Proplan, com
as comissões temáticas específicas, irão reunir essas demandas e diagnósticos,
além das postuladas pela comunidade no formulário eletrônico (disponível na
página do PDI – www.ufsm.br/pdi), interpretar, e finalmente, construir o PDI, que
será levado para o Conselho Universitário para deliberação.
O Plano de
Desenvolvimento Institucional é da comunidade acadêmica, e não da gestão, nem
da Reitoria, nem das Unidades de Ensino. Ele é dos alunos, dos
técnico-administrativos, docentes e gestores” , destaca Frank. Segundo
ele, aí está a importância da participação da comunidade, interna e externa no
PDI. “Por uma questão cultural não pensamos que o Planejamento faz parte
do nosso dia-a-dia, nós planejamos porque é necessário ou porque há um decreto
que nos obriga. A idéia é que o planejamento seja um ciclo de gestão: eu
planejo, executo o que planejei, avalio o que executei, e se necessário for, eu
corrijo; e volto a planejar”, afirma o pró-reitor, que complementa:
“a idéia é que o PDI e o planejamento faça parte do dia-a-dia. Anualmente,
ou por outro período específico a ser determinado ainda, cada unidade terá que
elaborar um plano para atender ao PDI. Dentro desse Plano, cada unidade terá um
orçamento vinculado para seus projetos, que terá início, meio e fim, que terá
prazo, meta, resultado, tudo lincado ao Plano, ou seja, planejamento, execução
e avaliação de forma periódica”.
Mais
O PDI foi constituído
pelo Decreto 5773, que trata da regulação dos cursos e das universidades.
“É uma exigência do Mec, em termos de regulação, mas também há dentro do
PDI, princípios de planejamento de órgãos públicos. Hoje, o orçamento dos
órgãos públicos estão dentro de um ciclo de planejamento. O Mec tem a
preocupação sobre a execução da atividade fim da universidade, como está essa
execução”, esclarece o pró-reitor. Ele salienta ainda que existe a
preocupação dos órgãos de controle da execução do gasto do orçamento público,
dos resultados obtidos. “Então o PDI procura atender essas questões legais,
como vínculo de autarquia ao Ministério da Educação e também a resposta que a Instituição tem que dar para
os órgãos de controle e para a sociedade”, afirma.
E finaliza: “em
termos de planejamento, temos que olhar para uma organização composta por
diversos agentes, cada um com suas convicções, objetivos, atividades, e o
planejamento procura agregar isso. Cada um, com suas atribuições, precisa
entender que Faz parte de uma grande organização, que olha para frente e tem um
plano. O Planejamento ajuda agregar esse universo que é a universidade e de
mentes”.