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​Husm realiza coleta de medula para transplante em Istambul



Procedimento foi realizado na quinta-feira

Quinta-feira, 12 de maio, 7h. Um paciente é conduzido ao Bloco Cirúrgico do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Nenhuma novidade até aqui, uma vez que dezenas de pessoas atravessam a porta do bloco, diariamente, depositando nas mãos das equipes médica e de enfermagem a esperança de cura de doenças ou melhora na qualidade de vida. 

O ineditismo do procedimento realizado nesta quinta está atrelado a dois fatores. O primeiro deles é que o paciente – um gaúcho de cerca de 30 anos – chegou ao hospital não em busca de cura para seus males, mas sim na expectativa de salvar uma vida. Mais do que isso, a vida de um desconhecido. A tentativa de colocar em prática essa atitude solidária teve início em 2011, quando ele decidiu fazer cadastro para ser doador voluntário de medula óssea.

Em fevereiro desse ano, ao receber um telefonema do Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) do Husm, o jovem foi informado que tinha chance de ser doador para um paciente cadastrado no Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Em abril, veio ao hospital pela primeira vez para fazer os testes. Comprovada a compatibilidade, retornou para realizar o procedimento de doação de medula.

Às 8h, na sala 4 do Bloco Cirúrgico, iniciou a coleta, que durou 1h30min. Parte da medula é retirada por processo de sucção, através de uma agulha injetada nos ossos do quadril. Uma amostra foi levada ao laboratório do hospital para fazer a contagem celular. “Precisamos nos certificar de que alcançamos o número de células necessárias para infusão no receptor”, explicou Cristian Dias Barbosa, coordenador do Laboratório de HLA e responsável pela avaliação pré-transplante.

O segundo fator inédito do procedimento se deve ao fato de que essa foi a primeira vez que uma medula coletada no Husm será enviada para um paciente não aparentado (não é da mesma família) que vive no exterior. “Já fizemos seis ou sete coletas dessa natureza, que foram enviados para centro de transplante dentro do Brasil. Porém, essa é a primeira vez no interior do Estado que coletamos medula óssea para enviar a outro país”, recorda Barbosa.

O Husm foi escolhido para realizar a coleta da medula porque, fora de Porto Alegre, é o único hospital referenciado e, o mais próximo da cidade onde vive o doador. 

A chance de encontrar um doador compatível no Brasil varia de 1 para 50 a 100 mil. Mas, segundo Barbosa, a formação étnica do povo brasileiro tem feito do país um exportador de medulas. “Nossa miscigenação foi fundamental para encontramos o doador”, diz.

Procedimento foi realizado na quinta-feira

O gesto do gaúcho terá desdobramentos do outro lado do Atlântico, ou melhor dizendo, do outro lado do Mar Mediterrâneo. Isso porque o transplante será realizado nesta sexta-feira (13), em uma criança, em Istambul, capital da Turquia. 

As células retiradas da medula do doador foram entregues no final da manhã para Christian Scheel – um alemão contratado pela empresa que realizará o transplante no exterior. O material embarcou na noite de quinta, às 19h, para Istambul em um recipiente especial que mantem a medula resfriada a uma temperatura de 4°C.

Transplante de medula no Brasil e no Husm

O Brasil é o terceiro país do mundo em número de doadores voluntários de medula óssea. O cadastro conta com cerca de 4 milhões de pessoas. Hoje recebemos e cedemos doadores para o mundo todo.

O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) realiza transplante de medula entre pessoas da mesma família desde 1990. Nesses 26 anos, cerca de 300 pacientes com câncer já foram salvos graças ao transplante de medula óssea realizados no Husm. 

Para ser um doador voluntário

Para se tornar um doador voluntário, a pessoa precisa procurar o Hemocentro mais perto da cidade onde mora e fazer um cadastro. No local, será feita uma coletar de sangue. Essa mostra é enviada para laboratório e vai gerar um código chamado tipagem HLA, identidade imunológica do paciente. Esse “código” é comparado à identidade imunológica do receptor e, se compatível, o transplante pode ser realizado.

Texto e fotos: Assessoria de Comunicação do Husm

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