Desde o início do ano passado, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) tem notificado a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) sobre a superlotação no Pronto-Socorro do hospital – único hospital da região a atender urgência e emergência de maior complexidade e gravidade, bem como as vítimas de acidentes de trânsito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em março, o Husm definiu que o atendimento seria referenciado, ou seja, para ser atendido, o paciente deveria ser encaminhado pela secretaria de saúde da sua cidade de origem ou pelo Samu, UPA, PAM e Bombeiros de Santa Maria.

Em fevereiro desse ano, uma audiência proposta pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa reuniu autoridades locais e regionais, no Husm, com objetivo de discutir uma solução para o problema. Participaram do encontro a equipe diretiva do Husm, o reitor da UFSM, o delegado regional de Saúde da época, a secretaria municipal de Saúde de Santa Maria, representantes da Câmara Municipal, do Conselho Municipal de Saúde, do Ministério Público Federal e do governo do Estado, além dos deputados Valdeci Oliveira (PT) – proponente do encontro – e Jorge Pozzobom (PSDB). Ficou acordado que a solução para superlotação do Pronto-Socorro passaria por algumas ações como:

1) A 4ª Coordenadoria Regional de Saúde faria a identificação de leitos de retaguarda (leitos em hospitais da região que poderiam receber pacientes atendidos no PS do Husm, depois de estabilizados);

2) Os deputados se empenhariam em pleitear junto ao governo do Estado a inauguração do Hospital Regional, para abertura de novos leitos na região;

3) O Husm, junto com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, faria o Plano de Urgência e Emergência para habilitar o Pronto-Socorro junto ao Estado como Hospital Especializado Tipo II, com seus respectivos reflexos assistenciais e de remuneração.

O Husm cumpriu a sua parte no acordo. E é justamente sobre a importância dessa habilitação do Pronto-Socorro – cuja tratativa com o governo do Estado não avançou – que o Husm convida a imprensa local para uma entrevista coletiva às 9h desta quinta-feira (30), no Auditório Londero. Serão esclarecidos questionamentos sobre o que significa essa habilitação? Que benefícios ela trará ao Husm? Que impacto terá no atendimento ao paciente? De que forma a habilitação poderá reduzir a superlotação? Qual o papel do hospital e do governo do Estado nesse processo?

Com informações da Assessoria de Comunicação do Husm