O reitor Paulo Burmann concedeu para a TV Campus um
pronunciamento no qual apresenta a posição institucional sobre conflitos envolvendo
áreas ocupadas pertencentes à UFSM. Uma dessas áreas localiza-se no campus sede,
em torno da olaria que forneceu os tijolos para a construção dos primeiros
prédios da universidade. Na tarde desta terça-feira (18), as famílias que
habitam no local promoveram um protesto na reitoria.

O reitor salienta que a instituição não tem nenhuma ingerência
quanto às decisões da Justiça Federal visando à retirada do grupo de famílias
que mora no local, as quais são descendentes de operários da construção civil que
lá trabalharam durante os primeiros anos da universidade. Burmann reconhece,
entretanto, o problema humanitário que existe nesse conflito e, por isso, busca
negociar com as autoridades municipais um modo de acolher essas famílias.

A outra área ocupada localiza-se em Iraí, às margens
do Rio Uruguai, onde existia um colégio técnico vinculado à UFSM, o qual foi
extinto em 1989. Como os ocupantes são índios da etnia kaingang, a universidade
negocia a cedência dessa área para a Fundação Nacional do Índio (Funai). Na
opinião do reitor, essa seria uma forma de a UFSM contribuir para a solução da
disputa, que se configura em um dos vários conflitos envolvendo terras
indígenas na região.

O pronunciamento na íntegra pode ser conferido
abaixo: