Em alusão à Semana
Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, celebrada de
diversas atividades estão sendo realizadas na UFSM para promover a inclusão social
e discutir com a comunidade acadêmica acerca de variados temas. Na manhã desta
terça (23), por iniciativa da Comissão de Acessibilidade da UFSM, houve pela
manhã uma mobilização nos campi de Santa Maria e Frederico Westphalen para a
distribuição de panfletos alusivos à Semana.
Concomitantemente,
no hall da Reitoria, ocorre a exposição “Ver com palavras: Audiodescrição de
Memórias Fotográficas da UFSM”, uma união de arquivologia, fotografia e
acessibilidade. A intenção é divulgar o arquivo fotográfico da universidade,
composto por mais de 85 mil imagens que remontam até o ano de 1958, e
conscientizar o público quanto à necessidade de inclusão das pessoas com deficiência.
A mostra foi aberta hoje e prossegue até a próxima terça-feira (30).
“Uma instituição
pública como a UFSM deve se preocupar primordialmente com a questão da
acessibilidade”, afirma Cleber Trindade da Rosa, chefe da divisão de protocolo
da UFSM, que visitou a exposição nesta manhã. Na sua opinião, “a preocupação da
instituição com isso demonstra que ela está crescendo e se desenvolvendo”.
Para quem visita
a exposição, a recomendação é que leia o texto, imagine a fotografia e depois a
veja. As imagens estão acompanhadas de textos em braile, produzidos pelo Núcleo de
Acessibilidade, integrante da Coordenadoria de Ações Educacionais (Caed).
As 12
fotografias expostas fazem parte do arquivo do projeto Retalhos da Memória de Santa Maria, promovido pelo Departamento de Arquivo Geral (DAG) da UFSM. O
projeto tem como parceiros o Núcleo de Acessibilidade e o Núcleo de Tecnologia
Educacional (NTE). Juntos, trabalham na tradução para a língua de sinais dos
artigos produzidos semanalmente pelo DAG.
A arquivista e coordenadora
do projeto, Cristina dos Santos, comenta que quando se fala em acessibilidade
as pessoas só pensam na adaptação de rampas e calçadas. Segundo ela, além da
inclusão física, há quem tenha necessidade de inclusão informacional, e isso
ainda é uma barreira. “O acesso às informações é uma coisa, mas a acessibilidade
a elas, é outra”, diz Cristina.
O vice-reitor da
UFSM, Paulo Bayard, que esteve presente na abertura da exposição, parabenizou
os envolvidos pela iniciativa de resgatar a memória da instituição e de Santa
Maria e, ainda, promover a inclusão. “Todos têm direito à universidade e ao
ensino”, afirma Bayard.
Durante a
semana, acontecem mesas temáticas, palestras, exposição
de livros em braile e o 2º Festival de Cinema Acessível. Entre os assuntos a serem tratados, estão a permanência
de alunos com deficiência no ensino superior, a influência da língua de sinais
na educação de surdos nas diferentes culturas e o papel da terapia ocupacional na
vida das pessoas com deficiência. A programação está disponível aqui.
Texto: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência
de Notícias
Edição: Lucas Casali

