Conectar para
salvar vidas é o objetivo do Hemotify, aplicativo criado por seis estudantes da
UFSM que vai auxiliar os hemocentros do Rio Grande do Sul na demanda por
doadores de sangue. O aplicativo é vinculado ao Facebook, mas o interessado em
ser doador se cadastra no site do Hemotify (www.hemotify.com), fornecendo
informações como o tipo sanguíneo e a cidade onde mora. Com isso, todas as
vezes que o hemocentro mais próximo necessitar de doadores, os usuários
cadastrados serão notificados via Facebook. Já há mais de 900 pessoas
cadastradas no site para doação ao Hemocentro Regional de Santa Maria.
Conforme Ricardo Morcelli, acadêmico de Engenharia de
Controle e Automação e um dos criadores do Hemotify, a ideia surgiu de uma
conversa sobre como seria mais fácil se os hemocentros tivessem uma forma de se
conectar automaticamente com todos os doadores do sangue necessitado de uma vez
só.
O aplicativo levou 70
dias para ficar pronto, desde a concepção da ideia até o lançamento, que
aconteceu no dia 1º de novembro. Fernando
Henrique Berwanger,
acadêmico do mesmo curso e também um dos criadores do Hemotify, conta que o
mais difícil foi lançá-lo no prazo estipulado, pois o método de trabalho do
grupo consiste em errar cedo para acertar cedo.
“Preferimos acelerar o
máximo possível o trabalho, mesmo correndo o risco de falhar, para poder ter o
projeto fora do papel logo. Muitos projetos parecidos e até mesmo empresas
inteiras acabam não dando certo por causa do excesso de planejamento. Planejar
é saudável, mas em excesso pode ser um fator determinante para o fim de um
projeto antes mesmo de ele ser posto em prática”, afirma Berwanger.
Para o desenvolvimento
do aplicativo, a equipe foi composta também por Daniel Eltz, que auxiliou no
aporte teórico, e Daltro de Souza, estudante do 2º ano do ensino médio do
Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (Ctism) que atuou como programador do
Hemotify. O design da página do aplicativo é de Camila Missio, acadêmica de
Publicidade e Propaganda, e os retoques finais são de Gabriel Branco, estudante
de Engenharia Acústica da UFSM. Os acadêmicos são integrantes da empresa Sttalo
Soluções de Impacto, que tem sede na Incubadora Tecnológica de Santa Maria.
A expectativa da equipe
quanto ao futuro do aplicativo é que se expanda e auxilie os hemocentros a
receber mais sangue, além de servir de exemplo para que outras empresas também
invistam em negócios sociais. De acordo com Berwanger, os acadêmicos já têm
contato com cerca de 22 hemocentros do Brasil para expansão.
“Nossa meta é estar em
todo o país. Iremos iniciar a expansão logo após o primeiro mês de testes e
nosso objetivo é estar em todos os estados até metade do ano que vem”, pontua.
Texto e foto: Gabriela Pagel,
acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Lucas Casali
