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Projeto inovador prevê safra de arroz no RS



A Universidade Federal de Santa Maria e o Instituto Rio
Grandense de Arroz (Irga) se unem em um novo projeto. O objetivo é desenvolver
e testar uma metodologia para acompanhar e prever a safra de arroz no Rio
Grande do Sul, aplicada já para a colheita 2016/2017. A previsão é
realizada nas regiões da Fronteira Oeste, Campanha, Central, Planícies Costeira
Interna e Externa, e os resultados
são divulgados em boletins quinzenais.

A metodologia é baseada no sistema
de previsão da safra do milho nos Estados Unidos. Lá, este trabalho é feito
pela Universidade de Nebraska-Lincoln (UNL), com a qual a UFSM tem parceria
acadêmica e científica desde 1998.

O modelo
matemático utilizado para realizar as previsões é o SimulArroz, um software
desenvolvido entre 2006 e 2012 a partir do trabalho de acadêmicas da pós-graduação em Agronomia e
em Engenharia Agrícola
da UFSM. Sua função é calcular como uma planta de arroz cresce desde a
semeadura na lavoura até a colheita.

O
SimulArroz foi baseado em dois modelos anteriores: o ORYZA 2000 e o InfoCrop,
ambos desenvolvidos e testados em ecossistemas da Ásia. Adaptado aos cultivares
de arroz do RS, o software funciona como o “cérebro” da metodologia de previsão
da safra, segundo o coordenador do grupo responsável pelo projeto e professor
da UFSM, Nereu Streck.

“É um método
bastante detalhado. Nós informamos as condições meteorológicas diárias
(temperatura mínima, temperatura máxima e radiação solar), a cultivar de arroz,
a data da semeadura e o nível tecnológico da lavoura. Com essas informações, o
modelo calcula os principais processos fisiológicos da planta e no final nos dá
o rendimento de grãos de arroz que pode ser colhido nesta lavoura”, explica
Streck. Os dados meteorológicos dos últimos 30 anos foram levantados pela
equipe e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Ministério
da Agricultura.

Na UFSM, os envolvidos neste projeto são o Grupo de Agrometeorologia e o Departamento de
Fitotecnia do Centro de Ciências Rurais (CCR), o Departamento de Linguagens e
Sistemas de Computação do Centro de Tecnologia (CT) e o Departamento de Física
do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE).

O Irga é uma entidade pública
subordinada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação. Sua
finalidade é promover o desenvolvimento sustentável do setor orizícola do RS
por meio da geração e da difusão de conhecimentos, de informações e de tecnologias.

O Estado é o maior produtor nacional
de arroz, com cerca de 70% da safra, seguido por Santa Catarina, responsável
por 10%. O cultivo do cereal no Rio Grande do Sul se diferencia do de outras
regiões devido ao clima subtropical e aos solos escuros e com muita umidade.
Tais características, associadas à irrigação, tornam a região favorável a altas
produtividades, que podem chegar a até 13 mil quilos por hectare (kg/ha) em alguns
locais. A média do Estado é de 7,5 mil kg/ha e supera a média nacional, que é 5,2
mil kg/ha.

A previsão de safra de arroz é
inovadora e deve durar cinco anos. Para o professor Streck, a parceria com o
Irga é fundamental, pois a entidade obtém as condições reais das lavouras de
arroz no início do período de cultivo, entre setembro e outubro, e que são
necessárias para a eficiência do modelo SimulArroz. 

Jossana Cera, meteorologista e consultora do Irga, em entrevista à Assessoria de Comunicação da entidade, destacou a relevância deste
trabalho. Segundo a pesquisadora, os dados serão ferramentas importantes para o
produtor rural que saberá, por exemplo, a hora mais adequada para realizar a
última adubação.

Os dados obtidos são divulgados
quinzenalmente nos sites e mídias sociais do 
Irga e da UFSM. Cada boletim contém detalhes sobre as previsões das
safras e indicações de práticas de manejo da cultura. As postagens são
complementadas com mapas interativos a fim de fomentar o acesso mais rápido e
fácil às informações. O primeiro boletim foi lançado no dia 15 de dezembro e
pode ser conferido 
aqui.

Fotos: SimulArroz e Ivo Melo/Irga

Texto: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM

Edição: Maurício Dias

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