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Projeto busca restabelecer áreas desmatadas fora da UFSM



Viveiro florestal no campus de Santa Maria

O projeto
“Estudo de tecnologias adequadas para produção de sementes e mudas florestais utilizadas
na formação de povoamentos e recuperação de áreas – fase II” é coordenado pela professora
doutora
em
Silvicultura Maristela Araujo. Nele, são desenvolvidos estudos
com foco em arbóreas, principalmente nativas e espécies exóticas. A equipe é
composta por alunos da graduação (iniciação científica), pós-graduandos e
técnico-administrativos.

Pesquisas
que descobrem o meio ambiente

Antes
de ir para a fase atual, o projeto tratou sobre o estudo de algumas espécies de
árvores em sua primeira fase. Algumas delas foram: canjerana, louro-pardo,
ipê-roxo, timbaúva, entre outras. Houve o acompanhamento em relação às
sementes, a produção de mudas e o crescimento delas no campo. Na segunda fase,
o grupo dá sequência com o estudo de outras
espécies. As
arbóreas nativas, árvores de ocorrência natural na região, são o foco desta
fase. O grupo da professora Maristela trabalha com as espécies presentes no Rio
Grande do Sul. Contudo, elas podem ser encontradas em outras partes do Brasil ou em países vizinhos.

Elas
possuem grande relevância no cenário ecológico porque suprem diversas demandas,
as quais às vezes nem são percebidas, pois o uso delas é indireto. Podem
disponibilizar madeira e alimento para o homem; para a fauna polinizadora –
transportadora dos grãos de pólen de uma flor
para outra para que ocorra a reprodução –, além de proporcionar estabilidade
ao solo e sombra. Possuem
potencial madeireiro, que se refere à retirada de madeira, como canjerana,
louro-pardo e ipê-roxo. Outras, como timbaúva e pimenteira, crescem mais
rapidamente, servindo para a fase inicial de restabelecimento de áreas
alteradas. Arbóreas nativas possuem valor ambiental imenso, pois suprem
alimento e abrigo à fauna com a distribuição natural de recursos ao longo dos
anos. 

Além disso, o sistema radicular – que é indispensável para a obtenção de água e nutrientes do solo – mais amplo
permite maior infiltração da água das chuvas e estabilidade ao solo. Há também potencial ornamental, já
que essas espécies podem ser utilizadas na arborização de cidades, parques,
jardins e praças, pois têm como essência a beleza dos troncos, copas de
árvores, flores e frutos das espécies. Desse modo, existe a modificação do
cenário urbano. “Precisamos incrementar o conhecimento sobre as nossas
espécies, para que talvez possamos colocá-las no cenário produtivo. Por outro
lado, enquanto não as estudamos, podemos estar perdendo parte dessa ‘riqueza’,
considera a professora Maristela.

Contato com a comunidade

A
produção de mudas e as pesquisas relacionadas ao âmbito silvicultural são
feitas em viveiros florestais. No campus da UFSM de Santa Maria, palmeiras e
arbustos são produzidos. O grupo da professora Maristela também estuda esses componentes
da natureza. Além disso, recebe alunos de diversas escolas, muitas delas de
outros municípios. A visita acontece no Laboratório de Silvicultura e no Viveiro
Florestal. Nesses encontros, há a apresentação de palestras e atividades que
envolvem a educação ambiental.

Viveiro florestal no campus de Santa Maria

Conhecimento integrado

As
cidades de Sobradinho, Boqueirão do Leão, Candelária, Nova Palma e São João do
Polêsine também são participantes do projeto. Na região de Santa Cruz do Sul, a
professora e sua equipe são respaldados pela Afubra, que os introduziu na
região. Na Quarta Colônia, os trabalhos são uma continuidade ao projeto
financiado pela Caixa Econômica Federal até
2015. A partir disso, o
grupo manteve-se no monitoramento de alguns plantios, com apoio do Programa de
Pós-Graduação
em
Engenharia Florestal, programas Fiex, Pibic e Probic e do
próprio Centro de Ciências Rurais (CCR) e Departamento de Ciências Florestais. Nos estudos, há o envolvimento de
alunos de pós-graduação, os quais participam do processo administrativo do
setor, pesquisas, co-orientação de alunos de graduação, coordenação das visitas
ao setor, além de alunos de graduação, funcionários do setor e professores de
outros departamentos. 

“Atingimos um maior conhecimento sobre algumas espécies
florestais nativas do bioma Mata Atlântica, onde estamos inseridos.
Possibilitamos treinamento para acadêmicos de pós-graduação e graduação, além
de melhorarmos a qualidade das nossas pesquisas por meio da aquisição de
equipamentos e consolidação de parcerias”, avalia Maristela. As mudas das espécies estudadas pela
equipe da professora são produzidas na Universidade. Alguns experimentos
preliminares (plantios) são realizados na área adjacente ao viveiro. Porém, a
área é pequena e impede uma amostragem adequada. A Pró-Reitoria de
Infraestrutura já buscou mudas com a equipe para recuperação de áreas e
arborização do campus. Foi realizado um plantio em parceria, mas a área
constantemente era invadida por animais que consumiam as plantas. A partir
disso, deu-se início aos plantios em parceria com pequenos produtores, o que
traz resultados positivos ao grupo da professora.

O projeto
“Estudo de tecnologias adequadas para produção de sementes e mudas florestais utilizadas
na formação de povoamentos e recuperação de áreas – fase II” também possui o
apoio da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), que o
administra.

Texto e fotos: Bruno Steians, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias

Edição: Ricardo Bonfanti

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