A Agência de Notícias prossegue,
nesta quarta-feira (31), a publicação das entrevistas com os vices das três
chapas à Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria. Conforme sorteio,
realizado na presença dos representantes das três campanhas, a ordem de publicação foi a
seguinte: Chapa 3 na segunda(29), Chapa 2 na terça (30) e Chapa 1 na quarta
(31). A rodada de entrevistas com os candidatos ao cargo de reitor(a) será
publicada entre 5 e 7 de junho, na seguinte ordem: Chapa 2 na segunda (5),
Chapa 3 na terça (6) e Chapa 1 na quarta (7).
O entrevistado de hoje é o
professor Luciano Schuch, do Curso de Engenharia Elétrica, atual diretor do
Centro de Tecnologia (CT). Schuch é candidato a vice do professor Paulo Burmann,
do Centro de Ciências da Saúde, que concorre à reeleição, pela Chapa 1, Pra mudar ainda mais.
Agência de Notícias – Há décadas, os vice-reitores da UFSM apresentam
posteriormente candidaturas como reitores. Relate a sua experiência como gestor
na área pública e que papel entende que deva desempenhar o(a) vice-reitor(a). Há
pretensão de concorrer como reitor no futuro?
Luciano Schuch – Esta premissa não se aplica à atual gestão, uma
vez que o vice-reitor não concorre, tendo, inclusive, incentivado minha participação.
Assim, queremos trabalhar juntos “Pra mudar ainda mais” a UFSM, sempre abertos
ao diálogo e com foco na qualidade e humanização. Sei do enorme desafio, mas a
excelente gestão Burmann-Bayard, somada a minha trajetória, me dão ânimo para aceitá-lo.
Desde 2003 atuo em instituições de ensino superior, comunitárias e privadas,
onde tive a oportunidade de participar de colegiados, conselhos, coordenações
de curso e de órgãos de direção. Ao ingressar na UFSM, em 2009, iniciei na
gestão universitária como chefe de departamento, membro do Conselho do CT e CONSU.
Mesmo envolvido com a gestão, nunca deixei de dar atenção ao ensino de
graduação e pós-graduação, à pesquisa e à extensão. Atualmente, exerço a função de diretor
do CT e professor permanente do PPGEE. Esta trajetória contribuiu para que um
representativo grupo de servidores e estudantes sugerisse minha participação na
Chapa 1. A exemplo do professor Bayard, vou
atuar de forma compartilhada, assumindo responsabilidades conjuntas. O trabalho
da gestão e a avaliação da comunidade definirá a sucessão.
Agência de Notícias – As universidades estão alicerçadas no tripé
ensino-pesquisa-extensão. Qual sua opinião sobre o desenvolvimento destas áreas
na UFSM, e como é possível contemplar esta integração?
Luciano Schuch – Este tripé é a razão de ser da Universidade. Ações
concretas devem ser desenvolvidas desde o ingresso articulado com a Educação Básica
até a inserção na vida profissional e as perspectivas de educação continuada. Um
dos caminhos é o aprimoramento constante do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, o engajamento, colaboração e uso
de tecnologias são essenciais. A pesquisa e a pós-graduação
serão fortes quando o ensino e a extensão também forem empoderados, fortalecendo
os grupos de pesquisa e fomentando projetos de impacto científico e inserção
social. Nesse sentido, a curricularização da extensão é a oportunidade de ampliarmos
nossa atuação junto à comunidade para resolução dos problemas locais e
regionais. A integração passa por ações desenvolvidas na atualidade da UFSM como:
JAI-JAI Jovem, Descubra UFSM, Fórum de Cursos de Graduação e PG, Incubadora
Social, AGITTEC, Fórum Regional de Extensão e Fundos de Fomento. Por fim, estas
ações e o trabalho conjunto e colaborativo das pró-reitorias
são fundamentais para que a universidade seja protagonista na construção de
ações, junto à sociedade, visando a autonomia e o desenvolvimento regional e
nacional.
Agência de Notícias – Qual a sua avaliação sobre as políticas para a
diversidade de gênero, sexual e étnica na UFSM?
Luciano Schuch – A atual gestão, a
qual acompanhei, propôs e aprovou políticas e ações pioneiras em nível
nacional. As políticas de acesso, inclusão e permanência contemplaram ações
como: Coordenadoria de Ações Educacionais, Observatórios dos Direitos Humanos,
moradia para estudantes indígenas, aprovação do nome social, Programa de Acesso
à Educação Técnica e Superior da UFSM para Refugiados e Imigrantes em Situação
de Vulnerabilidade, são apenas alguns exemplos. As políticas de gênero e
de inclusão social são fundamentais para a comunidade exercer plenamente a sua
cidadania. Avançamos muito nisto e, “Pra mudar ainda mais”, vamos fortalecer as
políticas de inclusão social e de igualdade de gênero. É possível mudar ainda mais e é isso que vamos fazer.
Agência de Notícias – O trânsito no acesso ao campus de Camobi e a
oferta de transporte coletivo, não somente em Santa Maria, mas também em
Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, são uma preocupação diária para a
comunidade acadêmica. Quais são as propostas da sua chapa neste sentido?
Luciano Schuch – O transporte coletivo é um problema histórico. Desde que eu fui
estudante na UFSM, há superlotação nos ônibus. A UFSM vem dialogando com o
Sistema Integrado Municipal para melhorar essas condições. Temos um
representante da UFSM no Conselho Municipal de Transporte que tem se
posicionado contrário ao reajuste no preço da tarifa. Desde agosto de 2014, a
gestão implantou o transporte circular gratuito no campus-sede para estudantes
e servidores, melhorando a mobilidade. O transporte intercampi, também é uma
realidade entre Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, e será implementado
para Cachoeira do Sul, “Pra mudar ainda mais”. A pista multiuso e a disponibilização
das bicicletas constituem outro marco de mobilidade e sustentabilidade. Nossa
proposta é continuar articulando e buscando junto ao Executivo, ao Legislativo e às
lideranças regionais ações para resolver os problemas nas vias de acesso à UFSM
em todos os seus campi assim como a gestão fez com o acesso pelos Pains.