Ao caminhar pela Universidade
Federal de Santa Maria, logo são avistadas lixeiras que
sinalizam o lugar de descarte correto para resíduos: azul para papéis, vermelho
para plásticos, amarelo para metais e cinza onde devem ser jogados materiais
que não são considerados recicláveis.
Mas uma ação tão simples, jogar
o lixo no lixo, não é costumeira para a sociedade. Segundo dados
do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, no Brasil apenas 13% dos resíduos sólidos produzidos
são reciclados. No entanto, de 30% a 40% do lixo gerado diariamente pode ser
reaproveitado. Mesmo que as associações de coleta e iniciativas tenham crescido
durante os últimos tempos, ainda há um extenso trajeto a ser percorrido.
Com foco nessa causa, há mais de um ano a Coleta Seletiva Solidária UFSM,
ação desenvolvida pela Complana, Comissão de Planejamento Ambiental, e UMA, Universidade e Meio Ambiente, atua no
campus. A iniciativa dos professores Marilise Krügel, do Centro de Tecnologia,
Everton Behr, do Centro de Ciências Rurais e de Marta Tocchetto, do Centro de
Ciências Naturais e Exatas, tem como objetivo, além de ser um ato com
cunho ambiental, demonstrar a responsabilidade com a causa partindo da
Instituição com a comunidade.
E para isso, nas últimas semanas estudantes como Andressa Caroline
Trautenmüller e Mariana Vieira, do primeiro semestre do curso de Gestão
Ambiental e integrantes do projeto, circulam pelo campus para sinalizar as
lixeiras de forma correta, conforme as demandas de cada local. Durante o
processo, as dúvidas do público podem ser sanadas e cartazes ilustrativos de como
separar o lixo apropriadamente são distribuídos.
Essa iniciativa do projeto será efetuada em todos os prédios da UFSM e
busca conscientizar a comunidade acadêmica
para facilitar a coleta seletiva. Lugares como o Centro de Tecnologia e o Colégio
Politécnico já estão com a sinalização concluída.
O projeto Coleta Seletiva Solidária tem a participação de quatro associações
da cidade, habilitadas em processo
público aberto pela UFSM. São elas: Associação de Selecionadores de Materiais
Recicláveis (ASMAR), Associação de Materiais Recicláveis Pôr do Sol (ARPS),
Associação de Reciclagem de Seletivo Esperança (ARSELE) e Associação Noêmia
Lazzarini.
Além da coleta, o projeto desenvolve aplicativo para smartphone com a
missão de conscientizar as pessoas sobre
como depositar o lixo corretamente e onde encontrar os lugares de coleta.
Texto: Victória Lopes, acadêmica de
Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Maurício Dias