O
I Encontro Brasileiro de Jogos Tradicionais e Autóctones organizado
pelo
Centro
de Educação Física e Desportos (CEFD), com
apoio
da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) e da Pró-Reitoria de
Planejamento (Proplan),
teve
início nesta
sexta-feira (27) e segue até sábado (28).
A
ideia
do evento
surgiu a partir do 3º Encontro
Panamericano de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais,
realizado em 2015, em
Tocantins. O objetivo do
encontro
é valorizar e ativar o
legado cultural, bem
como
desenvolver a sensibilidade e o envolvimento do público, por
meio da
visibilidade,
da
produção
e da
disseminação
dos jogos
autóctones.
Durante
a cerimônia de abertura, houve
apresentação tradicionalista do DTG
Noel Guarani e
explanação da pró-reitora de Extensão, professora Teresinha
Weiller, sobre a
importância dos
jogos na
produção e no
espaço
de memórias.
Após
a abertura, ocorreram duas palestras. A
primeira, com o professor José Ronaldo Mendonça, antropólogo e
docente do Departamento de História da Universidade Estadual do
Paraná (UNESPAR), abordou
a
temática “Jogos Tradicionais e História Indígena no Brasil”. O
professor comentou
que
essas práticas tradicionais servem
como representação e como forma de recuperar tradições, a
exemplo dos jogos
indígenas.
“Deve-se levar em conta os lugares de memória que esses jogos
produzem. Mas
também não se deve esquecer as origens dessas atividades”,
afirmou Mendonça.
A
segunda palestra foi
conduzida pelo professor Pierre
Normando Gomes, do Departamento de Educação Física da Paraíba,
aluno depós-doutorado
em
Educação Física da
UFSM. Gomes,
que integra a comissão organizadora, falou sobre “Jogos
Tradicionais como escola de vida brincante”.
Após
as palestras, houve
exposição de
jogos tradicionais,
artesanatos, livros, fotos e
banners sobre manifestações da cultura lúdica tradicional e
autóctone do Brasil.
A
programação do encontro
segue até sábado com festival de Jogos Tradicionais e Autóctones.
JOGOS
TRADICIONAIS E AUTÓCTONES
São
práticas que vão além do ato de jogar, envolvem o lúdico, são
mais populares e remetem à
infância das pessoas. Buscam ressaltar os valores culturais
envolvidos naquela atividade. Esses tipos de jogos são bastante
comuns na população indígena. Existem
jogos
ambientais, jogos sensoriais, jogos simbólicos, jogos de exercício,
jogos de desconstrução, jogos rítmicos, jogos de luta, jogos
integrativos, jogos de rebatida, jogos de marca, jogos de precisão,
jogos de lógica e de sorte. Exemplos: pular corda, jogo da onça,
equilíbrio, arranha-céu, cama-de-gato, pião e
futebol
de prego.
Texto:
Maira Trindade, acadêmica
de Jornalismo
e bolsista
da Agência de Notícias
Fotos:
Victória Lopes,
acadêmica
de Jornalismo e bolsista
da Agência de Notícias
Edição:
Maurício Dias