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Projeto Lunix: um impacto na sustentabilidade energética



Ilustração do projeto Lunix (Imagem: Divulgação)

Em um país que gasta R$ 7 bilhões por ano em
iluminação pública e que observa o consumo de energia elétrica aumentar, é
possível prever o interesse da sociedade brasileira em reduzir essa despesa. A
partir de um “estalo”, a solução, que ainda não havia sido criada no país, veio
à tona com um projeto inovador. Os estudantes Fernando Ferreira e Jader Stefanello,
do curso de Engenharia de Controle e Automação, desenvolveram o projeto Lunix e
demonstraram o quanto a universidade pode ampliar seu investimento em
empreendedorismo a fim de causar impactos positivos não só na UFSM, mas também no
Brasil.

Com o objetivo de por fim aos gastos excessivos
de iluminação pública e privada, os acadêmicos perceberam a possibilidade de
reduzir os custos de energia elétrica em 40%. Segundo os estudantes, existem muitas
ruas que recebem pouca movimentação à noite e, pelo fato de algumas delas demonstrarem
segurança, não seria necessário manter 100% da iluminação.

Estudantes Jader e Fernando desenvolveram projeto de inteligência elétrica (Foto: Gabrielle Ineu Coradini)

Com o sistema instalado nesses postes, os
sensores detectariam o tráfego de automóveis e indivíduos antes mesmo deles
passarem pelas colunas. Com a detecção, as luzes se acenderiam uma por uma como
um efeito dominó. À medida que as pessoas e os veículos forem passando em baixo
dos postes, a iluminação começaria a diminuir. O sistema identificará a iluminação ideal para cada local por
meio dos dados coletados, como luz natural e a movimentação de pedestres e
veículos. Esse seria apenas um exemplo do serviço oferecido pela empresa, que
também visa ao atendimento a condomínios e ambientes externos, como parques e
autódromos.

Para a contratação do serviço, haveria um
primeiro contato com os estudantes, a fim de analisar se o projeto Lunix é útil
para determinado local. Um dos diferenciais, segundo Jader, é que a empresa
trabalhará com a prestação de serviço. Assim, os acadêmicos emprestariam o
sistema para o contratante e o valor que retorna para a empresa Lunix será em
cima dos 40% economizados com o projeto. “O retorno que a gente pode trazer
para os nossos clientes é muito mais rápido do que um gerado por energia solar.
Também não tem investimento inicial em nós. Vai ser pago conforme for gerando
economia”, ressalta Jader.

Próximos
passos do projeto

Reitor com os responsáveis pelos projeto Lunix na premiação do Empreenda Santander (Foto: Reprodução)

Desenvolvido na disciplina “Atitude
Empreendedora”, ministrada pelo professor Hélio Hey, diretor da Agittec, o
projeto venceu o Empreenda Santander
na categoria Universitário Empreendedor, que contou com a participação de 2.040
empresas de todo Brasil. Conforme o projeto avançou de fase, os
estudantes perceberam o potencial ali inserido e o quanto deveriam investi-lo.
“Eles (mentores do Santander) sabiam que tinha ali algo bom, eles souberam nos
lapidar. Nós não sabíamos a proporção que a gente tinha nas mãos e eles nos
mostraram”, comenta Fernando.

Para o professor Hélio, o projeto, depois de
viabilizado, trará um grande impacto na sustentabilidade, uma vez que o consumo
de energia e iluminação pública será reduzido significativamente, não só no
Brasil, mas em escala global. Somado a isso, está a questão financeira, uma vez
que o governo poderá investir os 40% economizados em outras áreas. A execução
do projeto também trará outros resultados. “Dentro da concepção da proposta,
ela tem um impacto não só na questão de economia de energia, mas na questão segurança
pública, uma vez que ela tem repercussões que vão impactar de forma positiva,
na minha concepção, a segurança pública, de condomínios, onde isso se aplicar”,
ressalta.

Além da premiação em dinheiro, R$ 100 mil, e da
bolsa de estudo nos Estados Unidos, os estudantes receberam um programa
exclusivo de aceleração de startups da ACE por 6 meses. Até o mês de maio de 2018, os acadêmicos
devem desenvolver o projeto e colocá-lo em funcionamento. Para isso, utilizarão
os laboratórios do curso e também tentarão vaga no processo de pré-incubação da
Agittec.

Apesar do longo prazo para a entrega final,
Fernando calcula que em alguns meses o primeiro projeto estará pronto. “O mais
difícil é a programação. Então acredito que nós vamos ter o projeto piloto até
o final do primeiro trimestre de 2018, porque depois que a gente fizer o
primeiro, vamos analisar os resultados gerados e melhorá-los”, comenta o
estudante que, junto com Jader, demonstrou estar animado com o andamento do
projeto.

Texto: Gabrielle Ineu Coradini, acadêmica de
Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Edição: Maurício Dias

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