Os recentes casos de uma síndrome febril de origem desconhecida têm chamado a atenção da população em Santa Maria nos últimos dias. Além da febre, dores pelo corpo e na cabeça também estão associadas. Para esclarecer dúvidas e falar sobre os casos, o médico infectologista Alexandre Schwarzbold, professor de Medicina na UFSM, integrante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e chefe do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do HUSM, concedeu entrevistas, nesta quarta-feira (11), aos programas
Bom Dia Universidade, da UniFM, e Campus da Gente, da Rádio Universidade.
Alexandre informou que ainda não existem informações oficiais do ponto de vista laboratorial e de definição clínica, ou seja, não é possível afirmar qual a causa da síndrome. Ele não descartou possíveis problemas com a água: “a questão ambiental não é de todo tranquila, não se pode excluir que não haja causa ambiental. Eu acho que é muito comum em cidades, em obra de sistema hidráulico, ter contaminação da água”. A suspeita baseia-se, também, na restrição geográfica da doença e na falta de outras exposições em comum nas pessoas que foram contaminadas. A confirmação, porém, só ocorrerá após as análises de técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen).
O infectologista destaca que a letalidade é praticamente nula, não havendo casos de óbito na cidade em sua decorrência até o momento. Alexandre afirma, também, que não há transmissão interpessoal, o que poderia descaracterizar a síndrome como viral.
Pessoas que apresentarem febre associada a outro tipo de sintoma, como dores nas articulações ou musculares, devem procurar os serviços de saúde.
Confira a íntegra das entrevistas:
Bom Dia Universidade – UniFM 107.9
Campus da Gente – Rádio Universidade 800AM