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​Laboratório de Geomática da UFSM cria aplicativo para mapear casos de toxoplasmose



O professor Enio Giotto (à esq.) recebeu o prefeito Jorge Pozzobom, a secretária da Saúde, Liliane Duarte, e o superintendente da Vigilância em Saúde, Alexandre Streb (em pé). Crédito foto: Lucas Casali

O surto de toxoplasmose que atinge Santa Maria já chegou aos
105 casos confirmados. Diferentes hipóteses foram levantadas para explicar a
causa da epidemia, as quais até agora não passam de suposições. Na tarde desta
quarta-feira (2), o Laboratório de Geomática da UFSM apresentou uma ferramenta
que deve ajudar nessa investigação. Trata-se de um aplicativo para telefones
celulares e tablets que vai mapear todos os casos da doença. A ferramenta foi
apresentada pelo coordenador do laboratório, professor Enio Giotto, para o
prefeito Jorge Pozzobom e uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde.

O aplicativo C7 Saúde Pública – Sistema de Notificação e
Investigação de Toxoplasmose (SP-NIT) começou a ser desenvolvido no dia 23 de
abril. Em pouco mais de uma semana, graças à experiência do laboratório na criação de apps, um questionário
impresso de mais de 300 perguntas foi transformado, de forma condensada, em um
aplicativo que vai demandar dos agentes – em cada caso investigado – apenas 15 a 20 minutos para coletar
as informações necessárias.

Além do nome e endereço das pessoas infectadas (ou suspeitas
de estar com a doença), os agentes de saúde terão de responder no aplicativo a
uma série de questões relativas aos seus hábitos alimentares (que alimentos
comem, onde os compram, que restaurantes frequentam), à água que consomem e
também aos animais com os quais convivem. O histórico da doença também será
detalhado – quais sintomas se manifestaram, quando apareceram, em que unidade
de saúde foram tratados, como ocorreu o diagnóstico, etc. O app ainda vai possibilitar aos agentes
tirar fotos dos locais investigados, cruzar dados e imprimir relatórios.

Durante a apresentação do aplicativo, o prefeito e a
secretária municipal da Saúde, Liliane Duarte, puderam conferir na tela do
computador, por meio do Google Earth, em que locais da cidade estão 49 casos de
toxoplasmose (e vários outros casos suspeitos) que já foram georreferenciados
pela própria equipe do Laboratório de Geomática. Em uma nova reunião no
laboratório nesta quinta-feira (3), às 9h, o funcionamento do app será explicado de forma mais
detalhada para profissionais da equipe de saúde, oportunidade em que poderão
testá-lo e sugerir melhorias.

Com base em trabalhos realizados em anos anteriores pelo
laboratório, o professor Enio Giotto também apresentou ao prefeito e à
secretária da Saúde outras formas com as quais o georreferenciamento pode
contribuir para detectar as origens do surto de toxoplasmose. Entre elas, está
a identificação dos locais onde há esgoto a céu aberto (ou falhas na rede de
saneamento) e a criação de suínos na área urbana. Profissionais de
saúde presentes na reunião também destacaram a importância da localização de poços
artesianos irregulares e de plantações urbanas de frutas e verduras.

Está prevista para esta quinta-feira a divulgação do número
atualizado de casos de toxoplasmose em Santa Maria. Informações
sobre sintomas, transmissão e prevenção estão disponíveis aqui. Dados
atualizados sobre o surto da doença em Santa Maria constam na página da Secretaria da
Saúde: www.santamaria.rs.gov.br/saude.

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