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Ações da Comissão de Ética no Uso de Animais permitem que modelos alternativos ganhem espaço na UFSM



A Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) da UFSM, colegiado independente apoiado administrativamente pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP), tem ampliado suas ações com vistas à capacitação de seus integrantes, que atuam de forma voluntária, e ao constante aperfeiçoamento de suas atividades. Entre os resultados está a redução da utilização de animais e a substituição por modelos alternativos.

Recentemente foi realizado o 4º Curso sobre Cuidados e Manejo de Animais de Experimentação. No módulo teórico, houve 190 pessoas, entre comunidade acadêmica e participantes externos. O módulo prático reuniu 50 pessoas, devido à especificidade da atividade.

O objetivo do curso foi propiciar informações e conhecimentos aos profissionais que trabalham na experimentação animal, com vistas ao adequado uso de animais em pesquisas e obedecendo aos preceitos éticos aceitáveis pelas normativas expedidas pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea). A intenção é abrir mais turmas de módulo prático em breve. “A procura pelo nosso curso acentuou-se muito nos últimos anos. A comunidade reconhece a necessidade de realizá-lo”, avalia o professor Denis Broock Rosemberg, coordenador da Ceua.

Além disso, a Ceua realiza anualmente vistorias nos laboratórios da UFSM que utilizam animais para experimentação, emite relatório, avalia as condições e faz recomendações de melhorias e práticas para contribuir com o bem-estar animal, seguindo os preceitos do Concea.

Outra ação é a avaliação de projetos de ensino e pesquisa da UFSM que envolvem uso de animais. A cada 15 dias o colegiado se reúne, avalia os projetos propostos na Instituição e emite parecer. A média é de 40 projetos avaliados por mês. Também são acompanhados projetos por meio de relatórios parciais e finais emitidos pelos pesquisadores, com avaliação feita pessoalmente, quando necessário.

Além disso, a Ceua investe na participação dos seus integrantes em eventos e cursos regionais e nacionais, a fim de aprimorar suas ações. Em 2017, a comissão da UFSM sediou o 3º Encontro das Ceuas do Rio Grande do Sul, que neste ano será na UFRGS. Tais eventos possibilitam a união e o compartilhamento de conhecimentos entre as instituições sobre a forma como se dá a experimentação animal e estratégias de melhoria de suas ações.

Controle rigoroso das justificativas e uso de modelos alternativos contribuíram para redução do uso de roedores

Nos últimos anos, a Ceua tem procurado continuamente melhorar as avaliações de projetos, fazendo um controle rigoroso das justificativas técnicas e éticas da real necessidade do uso de animais em pesquisas na UFSM. Também cobra e analisa a demonstração, por meio de cálculo amostral, do número de animais que realmente será necessário utilizar e promove a educação continuada da comunidade acadêmica, incentivando e apresentando modelos alternativos para serem usados sempre que possível. Já existem na Instituição grupos de pesquisas que utilizam alguns destes modelos alternativos, como por exemplo baratas, moscas e zebrafish (peixe utilizado como organismo modelo em pesquisas, devido à similaridade genética e fisiológica com seres humanos)

A redução já é perceptível, especialmente de camundongos, espécie de roedor bastante utilizada nas pesquisas. De 2016 para 2017 obteve-se uma redução de 45,08% no uso de camundongos heterogênicos (com alta variabilidade genética, evitando ao máximo a consanguinidade e utilizados em estudos para representar uma população natural) e de 23,23% no uso de camundongos isogênicos (linhagens geneticamente definidas, obtidas a partir de acasalamentos consanguíneos entre irmãos ou entre pais e filhos).

A avaliação é positiva, e a intenção é que a Ceua da UFSM seja exemplo na redução do número de animais utilizados. A Instituição adquiriu um sistema para controle dos projetos, que compara a quantidade de animais utilizada. “A Ceua orgulha-se de seus resultados e sabe que tem muito trabalho pela frente em busca da redução, refinamento e substituição do uso de animais em pesquisas científicas”, salienta o professor Rosemberg.

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